Abertura entre as nuvens: uma reinterpretação de Infância, de Graciliano Ramos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Gustavo Silveira Ribeiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/ECAP-7BSELV
Resumo: Este trabalho apresenta uma interpretação do livro de memórias Infância, de Graciliano Ramos, tendo como principal questão o debate ético que atravessa a obra. Considerado pessimista e desencantado pela crítica, esse texto do escritor alagoano foi lido, ao longo do tempo, quase que exclusivamente a partir das mesmas questões: violência, medo, ressentimento. Realizando movimento contrário, procurei expor nesta dissertação, por meio da análise de diversos procedimentos narrativos do livro, que predomina nele visão menos negativa do homem e do mundo. Segundo desenvolvo, a dimensão reflexiva da escrita de Graciliano e o seu desejo permanente de compreender as circunstâncias que envolvem cada um dos atos e sentimentos dos personagens evocados constituem-se como elementos decisivos para o entendimento do projeto ético e literário de Infância, projeto que se assemelha, conforme proponho também, ao de outro livro do autor, Memórias do cárcere, uma vez que a hipótese que se coloca é a de que foi a partir da experiência carcerária vivenciada pelo escritor que teve início a guinada em direção ao Ouro que identifico em algumas de suas obras.