Autoafirmação e rupturas vozes afrodescendentes nas peças Ruandi e Chago de Guisa, de Gerardo Fulleda León

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Mariana Liceia Campos de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/ECAP-9D5MKM
Resumo: A presente dissertação tem como objetivo analisar as peças Ruandi (1977) e Chago de Guisa (1989), do dramaturgo cubano Gerardo Fulleda León, no âmbito da literatura afrodescendente. Partimos do princípio de que a escrita negra carrega marcas pessoais dos autores e é espaço onde os negros falam a partir de seu lugar de enunciação, inscrevendo suas memórias pessoais e coletivas. Nesse sentido, apresentaremos um panorama da produção literária afrodescendente em Cuba, com ênfase para a dramaturgia negra, na qual se insere a produção literária de Gerardo Fulleda León. Levaremos em consideração os estudos culturais e os estudos sobre a memória, procurando, para tanto, estabelecer um diálogo entre os objetos de análise e correntes teóricas diversificadas e adotando, sempre, uma postura não hegemônica a fim de buscar os elementos afrodescendentes nas peças analisadas. Nesse sentido, nossa análise será perpassada por conceitos como identidades, raça, afrodescendência, racismo cultural, negritude, memória, rito, performance ritual, encruzilhada, transculturação, lugar de enunciação, diáspora, entre outros elementos relacionados à história e à literatura afrodiaspórica. Buscando elucidar a escrevivência nas duas obras dramatúrgicas, aprofundaremos nossa reflexão sobre a presença da cosmovisão africana nos textos e os processos de simbolização cultural baseados na cultura iorubá, analisando os mitos, religião e oralidade, que influenciam até hoje as construções identitárias afrodiaspóricas.