Achados da Tomografia por Emissão de Pósitrons associada à Tomografia Computadorizada (PET/CT) como potencial marcadora do Estado Nutricional em doentes com câncer

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Bernardo Faria Levindo Coelho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Cirurgia e à Oftalmologia
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/40555
Resumo: Introdu⹻ão O estado nutricional de pacientes oncolo gicos e frequentemente comprometido mas, geralmente, pouco diagnosticado pelos oncologistas. Exames de imagem podem, de forma objetiva, auxiliar neste quesito, proporcionando ac ões terape uticas precoces. Objetivo Comparar as medidas de captac ão hepática e tumoral de 18F-flúor-deoxi-2-glicose (18FDG), em exames de tomografia por emissa o de po sitrons associada à tomografia computadorizada (PET/CT) com o diagno stico clínico, antropométrico e funcional do estado nutricional de doentes oncolo gicos. M todos Estudo transversal, em que os achados do PET/CT, a destacar-se a unidade de captação padronizada (SUV) média no parênquima hepa tico (SUV médio hepático) e o SUV ma ximo tumoral, foram comparados ao diagno stico nutricional cli nico, por meio da avaliac ão global subjetiva (AGS) - considerada o padra o. Outros marcadores de estado nutricional tambe m foram avaliados. Indivi duos maiores de 18 anos, com ca ncer ou suspeita da doenc a, que realizaram PET/CT a pedido do me dico assistente foram inclui dos e avaliados clinicamente, imediatamente antes de realizarem este exame. Outras varia veis contempladas foram: medidas antropome tricas e dinamometria. O ca lculo amostral, baseado na diferenc a dos valores medianos de SUV médio hepático dos pacientes bem nutridos e com desnutric ão grave do estudo piloto, indicou a necessidade de 120 participantes. Resultados Cento e setenta e nove pacientes, com idade mediana de 61 anos, dos quais 104 (54,7%) mulheres, foram avaliados. A amostra foi composta principalmente por doentes com neoplasias so lidas (73,6%) e o estadio IV foi o mais prevalente (29,4%). Cento e seis (55,8%) doentes foram classificados como bem nutridos, 32,6% com suspeita/moderamente desnutridos e 11,6% como desnutridos graves. A mediana do SUV médio hepático foi de 2,29, sendo 1,87 correspondente ao percentil 10. Houve significativa diferenc a entre pacientes agrupados como bem nutridos ou suspeita/desnutric ão moderada (2,36) versus desnutridos graves (2,02) (p<0,05). Desta forma, pacientes desnutridos graves apresentaram maior probabilidade de apresentarem SUV médio hepático abaixo de 1,87 (p<0,05). A funcionalidade teve estreita relac ão com o SUV médio hepático para o qual pacientes abaixo do percentil 10 apresentaram me dia da ma o dominante inferior aos demais (p<0,05). O SUV ma ximo tumoral foi estatisticamente maior em pacientes desnutridos graves (p<0,05). Concluso es O presente estudo mostra que o exame funcional de PET/CT por meio de respectivas captações hepática e tumoral de 18FDG esta associado ao estado nutricional de doentes oncolo gicos, podendo vir a ser utilizado como indicador para a equipe oncolo gica, no que tange a necessidade de cuidados nutricionais precoces.