O interacionismo sócio-discursivo em produção de texto no processo seletivo do vestibular
Ano de defesa: | 2006 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/ALDR-6VTJY9 |
Resumo: | Nesta pesquisa, objetivamos descrever e a analisar aspectos relacionados à construção da eficácia argumentativa em textos-resposta produzidos em prova de Redação do vestibular, utilizando, para isso, as orientações teóricas do Sócio-Interacionismo Discursivo (BRONCKART, 1999). A partir da concepção de que o texto é um produto sócio-histórico em constante interação com a realidade subjetiva, com os gêneros de textos disponíveis historicamente no intertexto e com o contexto em que se insere a ação de linguagem, levantamos a hipótese de que a produção de um texto eficaz decorre, principalmente, do domínio dos elementos discursivos responsáveis por sua configuração. Foram, então, investigadas as estratégias usadas por sujeitos-produtores em uma situação específica de escrita (os candidatos ao vestibular) para demarcar: (a) a tipologia textual orientada no objetivo da instrução da prova a argumentação; (b) o uso dos operadores argumentativos; (c) uma perspectiva enunciativa, por meio do uso das modalizações. Na análise realizada, exploraram-se os elementos constituintes do folhado textual (BRONCKART, 1999): a infra-estrutura geral do texto; os mecanismos de textualização e os mecanismos enunciativos. Os resultados alcançados evidenciaram que, de um modo geral, a produção escrita no contexto avaliativo do vestibular ainda apresenta deficiências no nível macro-sintático, uma vez que, de acordo com as ocorrências do corpus¸ a maioria dos candidatos não articulou, satisfatoriamente, os elementos constituintes do tipo textual argumentativo; no nível da textualização, já que a maioria dos candidatos apresentou dificuldade em operar as marcações lingüísticas responsáveis pela argumentação; e, finalmente, no nível enunciativo, pelo fato de muitos candidatos não demonstrarem um domínio efetivo dos mecanismos enunciativos, responsáveis, sobretudo, pela representação da subjetividade no corpo do texto. |