Transplante de espermatogônias: a tilápia-nilótica (Oreochromis Niloticus) como modelo experimental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Samyra Maria dos Santos Nassif Lacerda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/ICBC-6W6HT2
Resumo: O transplante de células germinativas intra ou interespecífico tem se mostrado uma das mais fascinantes técnicas surgidas recentemente para se investigar a espermatogênese e a biologia da célula tronco, além de potencialmente apresentar importantes aplicações na produção de animais transgênicos, nas tecnologias de reprodução assistida, em pesquisas no campo da aqüicultura e pecuária e preservação de espécies em perigo de extinção. Neste estudo, a padronização da técnica do transplante de espermatogônias foi realizada em tilápias-nilóticas (Oreochromis niloticus) machos sexualmente maduros. Estes machos tiveram inicialmente sua espermatogênese endógena suprimida com tratamento com busulfan (18 e 15mg/kg de peso corporal) associado à temperatura de 35ºC. Posteriormente, testículos de tilápias adultas foram digeridos com enzimas específicas (colagenase, tripsina e DNAse). As células obtidas após a digestão foram centrifugadas em gradiente de percoll, de onde se obteve um pool de espermatogônias que tiveram em seguida suas membranas citoplasmáticas marcadas com o corante fluorescente PKH26. Estas células foram injetadas em machos adultos de tilápia, através do ducto espermático comum localizado na papila urogenital, utilizando-se técnica especificamente desenvolvida para tal finalidade. Animais analisados 15 minutos e 14 horas pós-transplante apresentavam células transplantadas marcadas com PKH26 tanto no ducto espermático como no lume dos túbulos seminíferos, sugerindo que cistos espermatogênicos marcados provavelmente seriam observados nos túbulos seminíferos, algumas semanas após o transplante. Estes resultados inéditos obtidos até o presente momento, com a utilização de protocolos inteiramente padronizados no Laboratório de Biologia Celular do ICB/UFMG, mostraram que células germinativas podem ser transplantadas com sucesso em peixes. Desta forma, em futuro próximo, pretendemos utilizar a tilápia-nilótica como modelo experimental para se investigar a biologia das células germinativas, particularmente espermatogônias tronco, e a função testicular em peixes.