Respostas fisiológicas e de desempenho do jejum prolongado em Piaractus brachypomus e Colossoma macropomum
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil Programa de Pós-Graduação em Zootecnia UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/52266 |
Resumo: | O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do jejum prolongado e realimentação sobre os ajustes metabólicos, fisiológicos, teciduais e de desempenho nas espécies nativas pirapitinga (Piaractus brachypomus) e tambaqui (Colossoma macropomum). No experimento com a pirapitinga foram avaliadas as respostas em 66 juvenis (68,62 ± 2,16 g, 13,83 ± 0,40 cm) distribuídos em 11 tanques (seis peixes/tanque) em sistema de recirculação de água, sendo um tanque com 6 animais para o tratamento basal. Os tratamentos corresponderam a um tratamento controle (peixes alimentados continuamente por 75 dias com dieta comercial) e um tratamento submetido a jejum por 30 dias e posteriormente realimentado por 45 dias com dieta comercial. Foram avaliados os parâmetros sanguíneos, teciduais, índices somáticos, histologia intestinal e desempenho. O jejum promoveu diminuição dos níveis de glicose e do índice de gordura mesentérica, assim como dos níveis de triglicerídeos, colesterol, proteínas totais e índice hepatossomático. Entretanto, o período de realimentação de 45 dias promoveu a recuperação de todos esses parâmetros. Além disto, houve diminuição no comprimento e perímetro das vilosidades intestinais, mas com recuperação dessas variáveis durante a realimentação. O jejum promoveu diminuição no ganho em peso e na taxa de crescimento específico, porém, a realimentação de 45 dias foi suficiente para que os animais recuperassem esses parâmetros. No experimento com tambaqui também foram utilizados 11 tanques em que sessenta e seis peixes (71,78 ± 10,75 g e 15,50 ± 0,61 cm) foram distribuídos em sistema de recirculação de água e os tratamentos corresponderam a um tratamento controle (peixes alimentados por 59 dias com dieta comercial) e um tratamento submetido a jejum por 45 dias e posteriormente realimentado por 14 dias com dieta comercial. Foram avaliados os parâmetros sanguíneos, teciduais, índices somáticos, histologia do intestino e das fibras musculares e o desempenho. O jejum promoveu alterações em parâmetros sanguíneos como a glicose, triglicerídeos e proteínas totais e concentração de hemoglobina, além dos índices somáticos. A realimentação de 14 dias promoveu a recuperação de todos esses parâmetros. O comprimento das vilosidades intestinais e a espessura das fibras musculares, apresentaram redução a partir do 30° e 15° dia de jejum, respectivamente, quando comparado ao tratamento controle, mas demonstra nos 59 dias de realimentação a recuperação destes parâmetros, sendo semelhante ao tratamento basal e controle no fim dos dias de realimentação. O protocolo de alimentação empregado em ambos os estudos permitiu que os juvenis de pirapitinga e tambaqui sobrevivessem e mobilizassem suas reservas corporais durante períodos de jejum prolongado e recuperação de grande parte dessas reservas durante a realimentação. O presente estudo foi capaz de mostrar a capacidade fisiológica que ambas as espécies têm de suportar longos períodos sem se alimentar em sistemas de produção. |