Impactos na economia brasileira do Auxílio Emergencial durante a pandemia do Covid-19: efeitos regionais, setoriais, familiares e no mercado de trabalho
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil FACE - FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICAS Programa de Pós-Graduação em Economia UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/60068 https://orcid.org/0000-0002-0238-7312 |
Resumo: | Os impactos da pandemia do Covid-19 atingiram a economia mundial por diversos canais de transmissão e seus efeitos foram experimentados nos diversos setores e camadas da sociedade, sobretudo o grupo de famílias que detém nível de renda mais baixo que foram alvo de políticas econômicas contundentes de transferência monetária direta em diversos países. No Brasil, essa medida tomou forma com o programa de Auxílio Emergencial – AE, a maior medida econômica adotada pelo governo brasileiro na mitigação dos impactos econômicos da pandemia, representando cerca de 4.5% do PIB e 6.5% do consumo das famílias de 2020. Devido ao seu desenho e a sua escala, a política do AE pode ser considerada como uma valiosa experiência empírica para se extrair insights e lições para a elaboração de uma política de renda básica universal. Nesse sentido, o objetivo desta Tese é projetar os impactos econômicos regionais da medida levando em conta seus efeitos sistêmicos, de modo a identificar a capacidade da política em atingir seus objetivos primários, como a manutenção de um nível de consumo de subsistência e o amparo a trabalhadores sem acesso a mecanismos de seguridade social, assim como o seu potencial como política anticíclica e seus impactos distributivos. Para tal, foi desenvolvido um modelo EGC que conta com um módulo específico para o mercado de trabalho que amplia o potencial analítico dos resultados sobre a geração de emprego e renda, permitindo gerar resultados regionais detalhados por categorias de vínculo de trabalho, formação educacional, rendimento familiar e setor produtivo, também foi aprimorado a aderência do canal que modela o consumo das famílias aos dados oficiais para a economia brasileira através da estimação de um Linear Expenditure Sistem (LES) por nível de renda familiar. Foram projetados efeitos significativos sobre o PIB e investimento provocados por um ciclo econômico virtuoso de estímulo ao consumo e geração de emprego e renda que beneficia principalmente as famílias e trabalhadores menos favorecidos. Os resultados indicam que as interdependências existentes na estrutura econômica brasileira, sobretudo aquelas relacionadas ao mercado de trabalho, são capazes de potencializar os efeitos distributivos da política do AE. Isto é, o mercado de trabalho brasileiro reagiria a medida de transferência de renda com um aumento da demanda por trabalho que beneficia, em termos de emprego e renda, principalmente os trabalhadores com baixo salário, negros, com vínculo empregatício instáveis e reduzido acesso a direitos trabalhistas e nas regiões mais pobres do país. |