A fragmentação do conhecimento na Sociologia: lições de uma comparação com o conhecimento na teologia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Gustavo de Castro Patricio de Alencar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-ASAJ87
Resumo: Em seu célebre texto A ciência como vocação Max Weber afirmou que: toda a obra científica 'acabada' não tem outro sentido senão o de fazer surgirem novas indagações: [...] na esfera da ciência, não só nosso destino, mas também nosso objetivo é o de nos vermos, um dia, ultrapassados. Na sociologia este destino e objetivo da ciência aparentemente não foram cumpridos. Afinal de contas, dificilmente alguém sustentaria que a sociologia produzida nos últimos trinta ou quarenta anos constitui uma refutação das teorias sociológicas produzidas pelos clássicos da virada do séc. XIX para o séc. XX. Embora haja quem prefira Bourdieu a Parsons seria difícil alguém argumentar que o primeiro suplantou o segundo, ou que Geertz "superou" Lévi-Strauss. Nas ciências sociais raramente se pode falar que uma determinada teoria se tornou ultrapassada por ter sido "superada" por outra. Por exemplo, poucos levam a sério a lei da preponderância progressiva da solidariedade orgânica sobre a solidariedade mecânica formulada por Durkheim, mas, ainda assim, não se poderia dizer que há alguma outra lei que a superou ou a refutou. Deste modo, múltiplas teorias e múltiplos paradigmas coexistem na sociologia sem que haja um consenso ou uma superação de umas pelas outras.