Essays on mergers and acquisitions

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Paulo Victor Gomes Novaes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
FACE - FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICAS
Programa de Pós-graduação em Controladoria e Contabilidade
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/60797
https://orcid.org/0000-0002-6466-9489
Resumo: Esta tese está dividida em três artigos relacionados às operações de Fusões e Aquisições (M&A) norte-americanos, compreendendo o período entre 2000 e 2021. O artigo 1 explora os motivos tradicionais para uma empresa buscar um M&A, como adquirente e como alvo: i) ineficiência da gestão, ii) excesso de fluxo de caixa livre e iii) erros de avaliação (de mercado). Observa-se esses canais teóricos sob a perspectiva da teoria do ciclo de vida da empresa, argumentando que analisar o ciclo de vida da empresa ajuda a desembaraçar as motivações para a firma engajar no M&A. Por um lado, as empresas maduras são mais propensas a adquirir por meio de maior acesso ao capital de crescimento, enquanto as empresas em introdução e declínio são mais propensas a fazer aquisições quando estão supervalorizadas. Por outro lado, as empresas no estágio de crescimento buscam ser compradas quando suas ações estão supervalorizadas. Além disso, mostra-se que a estratégia de "crescimento de compra" é ainda mais arriscada para as empresas na fase de introdução, uma vez que essas empresas têm uma maior probabilidade de mudar para um declínio após o negócio, em média. No artigo 2, explora-se um cenário em que empresas em diferentes cenários (estágios do ciclo de vida) se envolvem em fusões e aquisições como adquirentes. Examina-se o efeito da transferência de conhecimento durante o processo de integração gerencial. A previsão é que empresas com maior capacidade de gestão realizem melhor essa integração, o que significa alocar melhor os recursos adquiridos. Devido a diferentes incentivos, espera-se que as empresas em introdução, crescimento e maturidade alcancem resultados melhores no M&A comprando principalmente ativos fixos, enquanto as empresas em estágio de declínio alcancem as sinergias esperadas atraindo novos administradores em uma estratégia para sobreviver. Os resultados são consistentes com as expectativas para empresas em fase de crescimento, maturidade e declínio, mas menos consistentes para empresas em estágio de introdução. O artigo 3 mostra que os consultores financeiros incorporam a presença de acionistas ativistas ao elaborar seu parecer sobre o evento (fairness opinion). Especificamente, espera-se (e encontra-se) que os ativistas examinam a gestão da empresa para melhorar tanto a qualidade dos relatórios financeiros quanto para fazer investimentos mais eficientes. Posteriormente, no contexto de M&A, a presença e o escrutínio de ativistas indiretamente ajudam o consultor do negócio a assegurar a razoabilidade das previsões de investimento da gestão. Em suma, encontram-se diferentes aspectos de implicações na negociação do acordo. Sob esse cenário, o parecer é usado como uma ferramenta de negociação ao invés de um instrumento de justificativa de preços. Portanto, os ativistas representam uma proteção extra aos acionistas minoritários. Em outras palavras, os resultados mostram que os ativistas ajudam a assegurar a razoabilidade das previsões de investimento da administração. Os resultados são submetidos a vários testes de robustez, incluindo os motivos específicos declarados para o ativismo em busca de explicar questões de endogeneidade. Coletivamente, os resultados gerais fortalecem o papel do parecer como uma ferramenta de negociação quando os ativistas exercem seu papel disciplinador.