Desenvoltura algébrica e o ensino aprendizagem do Cálculo Diferencial e Integral: uma análise sociológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Telma Cristina Pimenta de Freitas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
FAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO
Programa de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão Social
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/52052
Resumo: Este trabalho tem como objetivo investigar os problemas do ensino aprendizagem do Cálculo Diferencial e Integral , de uma perspectiva sociológica. O ensino do Cálculo Diferencial e Integral apresenta conhecidos problemas, incluindo altos índices de reprovação. Embora essas dificuldades sejam largamente estudadas pela literatura, falta um consenso sobre as razões por trás dos problemas enfrentados pela disciplina, sendo consensual que a falta de desenvoltura algébrica dos estudantes constitui condição desfavorável para o bom desempenho. Considerando a desenvoltura algébrica como capital cultural no sentido bourdiesiano, estudamos o perfil socioeconômico de 6 turmas de Cálculo Diferencial e Integral na UFMG, mostrando como alunos de classes populares apresentam maiores dificuldades. Mostrou-se como o índice de sobrevivência na disciplina é menor para alunos cotistas em sua maioria de origem popular. Procurando compreender as razões de sucesso e fracasso na disciplina, empreendemos uma sociologia em nível individual. A luz da teoria de Bernard Lahire, o trabalho é completado com 8 retratos sociológicos, que mostram como matrizes de socialização, notadamente a família, são importantes para a resiliência dos estudantes e como a trajetória de estudantes de camadas populares não está indelevelmente marcada pela sua origem social. A cada um dos entrevistados foi atribuído o nome de um personagem literário. Acreditamos , com isso, destacar uma característica típica do entrevistado, responsável em certa medida pelo seu sucesso ou fracasso, abrindo com essa nomeação um trabalho amplo e complexo de interpretação.