Betim, no caminho que vai das minas à industrialização: a lógica da organização do espaço dos centros industriais metropolitanos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Jurema Marteleto Rugani
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/MMMD-A6RFBL
Resumo: Na busca por novas localizações durante aos anos 70, e seguindo apenas os parâmetros do planejamento macro-territorial brasileiro de então, as novas indústrias introduziram rupturas físicas e sociais em antigas localidades. Betim, município da Região Metropolitana de Belo Horizonte, cujas origens remontam ao século XVIII, em função da sua proximidade com os principais eixos rodoviários nacionais e dos subsídios e vantagens que o Estado oferece, tem seu território escolhido como localização preferencial para a expansão do parque industrial mineiro. À racionalidade das grandes unidades produtivas industrias opõe-se a ocupação descontrolada do espaço da periferia, através do processo intensivo de migrações que se estabelece. Guardando ainda características da antiga e pacata comunidade estruturada em torno do núcleo do século XVIII, com sua incipiente indústria - o centro tradicional -, nem como os traços da política urbano-sanitarista das primeiras décadas do século XX - a Colônia Santa Izabel e seu contraponto e núcleo de resistência, o bairro de Citrolândia, além dos espaços rurais, a crescente periferia urbano-industrial vem se juntar ao mosaico em que se transforma o território de Belém. Na evidente desarticulação desse espaço fragmentado, revela-se a trajetória conflituosa das políticas nacionais de desenvolvimento, cuja ênfase excessivamente economicista tem, historicamente, ignorado os aspectos relativos à organização, uso e ocupação das antigas centralidades. Ao inserir-se na rota de modernização do país, Betim expõe toda a latente fragilidade, e, ao mesmo tempo, capacidade de resistência, materializada no fato desse "mosaico urbano" em processo, ao mesmo tempo em que denuncia a incapacidade crônica da instância reguladora do Estado.