Crenças dos professores sobre reprovação escolar: um estudo de caso na rede municipal de Belo Horizonte
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil FAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO Programa de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão Social UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/70181 |
Resumo: | Esta pesquisa faz parte de um conjunto de trabalhos que se dedica ao estudo do tema da eficácia escolar e tem como objetivo central analisar as crenças dos professores acerca da reprovação em duas unidades escolares da rede municipal de ensino de Belo Horizonte. Apesar das evidências empíricas constatarem a ineficiência da reprovação muitos professores continuam a recorrer a essa prática. A hipótese levantada aqui é de que um dos aspectos primordiais e centrais que influenciam essa prática está associado fortemente às crenças dos professores. As crenças oferecem ao indivíduo uma visão prática de mundo que permitem que ele dê sentido as suas ações e tenha domínio do meio ao qual está inserido, além de serem compartilhadas pelo grupo de professores, o que dá mais legitimidade a suas escolhas. A pesquisa foi realizada em duas etapas, sendo uma delas quantitativa e outra qualitativa. Na primeira etapa foi construído um indicador de efeito dos estabelecimentos de ensino em relação ao atraso escolar, ou seja, um indicador que demonstra a capacidade que a escola tem em reduzir ou elevar as chances de seus alunos estarem atrasados. Esse indicador foi utilizado para orientar a escolha das escolas para o estudo de caso. A segunda etapa, qualitativa, diz respeito à operacionalização do estudo de caso em duas escolas da rede municipal de Belo Horizonte, nas quais foram entrevistados professores e coordenadores pedagógicos. Os principais resultados indicam que as crenças dos professores são fortes preditores para a adesão ou não à prática da reprovação. Além disso, a formação dos professores, seu tempo de experiência, suas concepções de avaliação, suas expectativas em relação ao futuro dos alunos e as práticas de enturmação e recuperação escolares são aspectos que também influenciam a escolha de reprovar ou não um aluno. Em síntese, professores com formação adequada, mais experientes, com altas expectativas e com concepções de avaliação formativa, em escolas que realizam a enturmação de forma heterogênea e que possuem práticas de recuperação no contra turno, são aqueles que menos concordam com a reprovação. |