Avaliação de parâmetros de Curva Térmica como preditor de desfechos graves em pacientes oncológicos pediátricos com Neutropenia Febril

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Jhon Wesley Fernandes Bragança Miranda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
MEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - Saúde da Criança e do Adolescente
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/69360
Resumo: Febre e neutropenia continuam sendo complicações frequentes em pacientes pediátricos submetidos à quimioterapia para o tratamento do câncer. Até 80% das crianças com leucemia e 50% das crianças com tumores sólidos vão desenvolver neutropenia febril (NF) durante o tratamento oncológico, sendo a bacteremia uma das causas mais importantes da morbilidade e mortalidade devido a graves complicações. O objetivo do trabalho é descrever as características clínicas e a curva térmica de pacientes pediátricos oncológicos (inferior a 17 anos) neutropênicos febris assistidos em hospital de referência, entre 2016 e 2018. A casuística final foi composta por 204 episódios de NF, sendo 51% do sexo masculino, com idade média de 7,4 anos. A temperatura mediana variou de 37,8°C a 39,5°C no período de internação, a temperatura máxima variou de 37,8°C a 41°C, e a média da temperatura máxima foi 38,7°C. Na regressão linear multivariada, apenas o tempo de tratamento apresentou associação para os desfechos Temperatura máxima observada e Tempo de febre. Observa-se que a cada 5 dias de tratamento, há uma redução de 1 dia de febre, e a cada 10 dias de tratamento, uma redução de 1°C na temperatura máxima. Na literatura, há uma escassez de trabalhos que trabalhem um ponto de corte para a predição das complicações. Nesse trabalho, o tempo de tratamento apresentou associação com a temperatura máxima observada e o tempo de febre, sendo que a cada 5 e 10 dias tratamento, reduz 1 de febre e 10 dias de tratamento, respectivamente. A temperatura máxima observada foi maior (0,2°C a 0,3°C) entre os pacientes que tinham CVC, diagnóstico de neoplasia hematológica e mucosite. Trabalhos que estratifiquem os achados desse trabalho, como o tempo de tratamento, tipos de tratamento em relação à curva térmica nos diferentes grupos de risco, podem levar em um melhor entendimento do paciente neutropênicos febril.