Avaliação dos aspectos psicossociais do trabalho e vigilância em saúde do trabalhador no Brasil: perspectivas para a ação
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/48483 https://orcid.org/0000-0003-0112-4112 |
Resumo: | As transformações no mundo do trabalho surgidas em decorrência da reestruturação produtiva do capital são caracterizadas pela flexibilização e precarização do trabalho. Nesse contexto, novos riscos à saúde do trabalhador emergiram, dentre eles aqueles atrelados aos aspectos psicossociais do trabalho (APST). A literatura aponta a ausência de um consenso acerca da definição desses aspectos psicossociais e a existência de diferentes modelos e instrumentos para avaliar tais riscos e seus impactos na saúde dos trabalhadores. Essa pesquisa buscou identificar como tem sido compreendida, orientada e realizada a avaliação dos APST no Brasil, considerando a importância dessa avaliação para os processos de vigilância em saúde do trabalhador e trabalhadora (VISATT). A revisão de escopo foi a metodologia de escolha. Para realizá-la buscou-se nas bases de dados Medline, Web of Science e no Portal BVS Brasil, por meio de palavras-chave e descritores DeCS/MeSH, artigos científicos com estudos que tivessem realizado avaliação de APST no Brasil, no período de 2017 e 2021. Também foi incluída literatura cinzenta, caracterizada por documentos normativos e de suporte técnico, publicado por órgãos governamentais no nível da União e dos Estados que indicasse, instruíssem ou orientassem a avaliação dos APST. Após seleção por critérios de inclusão e exclusão previamente definidos, foram analisados 58 artigos científicos e 22 documentos governamentais. Na literatura científica, os APST têm sido compreendidos como aspectos relacionados ao estresse ocupacional, tendo o modelo demanda-controle (MDC) como principal meio para avaliação. A avaliação de desfechos de saúde, principalmente burnout, destacou-se dentre os artigos. Os profissionais de enfermagem compõem a principal categoria profissional estudada. Embora apresentem fragilidade de delimitação conceitual e metodológica acerca dos APST, a maioria dos documentos governamentais orientam para a avaliação diagnóstica de agravos de saúde no contexto da saúde do trabalhador e VISATT. A ergonomia da atividade destaca-se como principal referencial teórico metodológico nos documentos, seguido da Psicodinâmica do Trabalho (PDT). Ressalta-se a necessidade de delimitação conceitual e metodológica que direcione a avaliação dos APST tanto no contexto acadêmico quanto normativo e de suporte técnico e, que o conhecimento produzido no meio científico seja integrado à prática e que as pesquisas científicas se aproximem mais da realidade da práxis em saúde do trabalhador de forma a favorecer a VISATT. |