O efeito "sorriso" da volatilidade implícita do modelo de Black e Scholes: estudo empírico sobre as opções Telebrás PN no ano de 1998.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Claudio Santoro Lanari
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-99WHZM
Resumo: O modelo de avaliação de opções de Black e Scholes (1973) tem grande aceitação no mercado financeiro devido à simplicidade de seu cálculo. Sua fórmula pode ser implementada em questão de segundos em calculadoras financeiras ou computadores amplamente disponíveis no mercado. Um dos pressupostos desse modelo é que a volatilidade do ativo subjacente à opção, para uma mesma série de opções, é constante. Verificam-se, entretanto, freqüentes desvios empíricos em relação ao modelo de Black e Scholes. O efeito sorriso é um desvio empírico em relação aos pressupostos desse modelo, relacionado ao fato de que, ao contrário do que prevê o modelo de Black e Scholes, opções de uma mesma série não apresentam igual volatilidade, mas valores que dependem do preço de exercício das opções, gerando uma curva em forma de U. Neste trabalho, foram analisadas as opções de compra de estilo europeu sobre as ações Telebrás PN, no ano de 1998, utilizando-se a metodologia adotada por Viana (1998) na sua investigação sobre o mercado londrino. Os resultados mostram a existência do efeito sorriso na negociação das opções Telebrás PN, no ano de 1998. Além disso, foi possível verificar que o sorriso brasileiro, em comparação com os resultados encontrados por Viana, é bastante mais acentuado, confirmando a hipótese de que mercados mais voláteis apresentam sorrisos mais intensos. Os resultados mostram a existência de um sorriso mais pronunciado no período pré-privatização da Telebrás (ocorrida em 29/07/98) do que no período pós-privatização dessa empresa, o que também confirma a hipótese de que o sorriso acentua-se em situações de maior volatilidade. Além disso, verificou-se que, à medida que se aproximava o vencimento das opções, o efeito sorriso mostrava-se mais intenso, reforçando a hipótese de que tal efeito é mais acentuado em situações de maior volatilidade.