(Re)existir aos enquadramentos do feminicídio : caminhos afetivos no dar a ver o fenômeno e suas vítimas
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil FAF - DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/53266 |
Resumo: | Esta pesquisa é, primeiramente, uma imersão afetiva (STEWART, 2002; MENDONÇA E MORICEAU, 2016; MORICEAU, 2021) nos encontros com materialidades, as quais fizeram ver um caso de feminicídio que aconteceu na cidade de Bom Despacho – MG, em 2019. Nossa proposta é refletir e relatar as experiências de tais encontros de maneira a elaborar cenas (RANCIÈRE, 2021) mais sensíveis para falar sobre o feminicídio por meio da singularidade de cada caso. O fenômeno é caracterizado como um ato extremo de uma série contínua de violências de gênero (CAPUTI; RUSSELL, 1992) que se reverbera inclusive após a morte da vítima por meio de notícias jornalísticas; estas muitas vezes se revelam como uma “segunda morte” da vítima (CALDEIRA, 2017). Tendo os afetos como guia e, mediante o entrelaçamento de fotografias, de narrativas apresentadas pela mídia, de testemunhos de pessoas próximas à vítima e de escritas e gestos de pessoas que se indignaram com o caso, ensaiamos a tessitura de uma cena que se propõe enquanto outro caminho e outra possibilidade para dar a ver o feminicídio e cada caso. Tal cena se apresenta enquanto ruptura frente a essas práticas e gestos contínuos de violência que caracterizam o fenômeno na medida em que revela uma rearticulação dos corpos atravessados pelo feminicídio. |