Avaliação da estocagem de curimbatá (Prochilodus lineatus, Valenciennes, 1836) na represa de Volta Grande, Rio Grande, MG/SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Thiago da Motta e Albuquerque de Carvalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9LENW4
Resumo: Uma das principais ameaças à biodiversidade de ecossistemas de água doce no mundo é o barramento de rios. A estocagem de peixes é o método mais difundido de manejo da pesca em reservatórios, apesar de possuir grande proporção de fracassos, com resultados infrutíferos ou impactos severos sobre o ambiente e os estoques naturais. Programas de estocagem podem auxiliar no restabelecimento de populações nativas de peixes mas, para isso, o monitoramento e avaliação são fundamentais. Este trabalho avaliou a contribuição da estocagem para a população de curimbatá do reservatório de Volta Grande (RVG). Para isso, cerca de 160 mil curimbatás não marcados e quase 20 mil marcados com coded wire tag foram estocados no RVG em 20122013 e amostragens mensais com redes de emalhar foram conduzidas em diferentes macrohabitats. Espécies introduzidas dominaram as amostras e o curimbatá (Prochilodus lineatus) foi espécie pouco abundante, mas foi encontrada em todos os macrohabitats estudados, com pequena proporção de indivíduos jovens. A estocagem contribuiu significantemente para a população de curimbatás e é possível que todos os indivíduos dessa população sejam provenientes dele. Curimbatás estocados no ambiente lêntico e com maior tamanho apresentaram menor mortalidade e/ou dispersão. A estocagem foi importante para a manutenção da população de curimbatá do RVG, mas uma visão ecossistêmica e o uso em conjunto com outras ações, como a instalação de passagens de peixes e restauração de habitats, podem auxiliar na restauração de uma população autossustentável.