Purificação e caracterização de proteinase extracelular produzida por Candida krusei AP176

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Almir Assis Braga
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/GAES-5SCHDZ
Resumo: As enzimas proteolíticas são de grande valor comercial, sendo amplamente utilizadas nas indústrias, representando 59% de todas as enzimas comercializadas no mundo. Elas têm uma grande variedade de aplicações industriais, sendo utilizado na fabricação de alimentos, bebidas, papel, detergentes, nos produtos farmacêuticos e no processamento de couros, além de ter um importante papel em pesquisas básicas. Para as várias aplicações industriais, tem-se utilizado proteinases de microrganismos. Neste trabalho foi estudada a produção, purificação e caracterização da proteinase extracelular PI da levedura Candida krusei AP176 isolada de frutos do amapá (Parahancornia amapa) uma árvore da floresta amazônica. C. krusei AP176 produziu quatro proteinases extracelulares em meio líquido YCB (Yeast Carbon Base) suplementado com caseína 0,01%. As proteinases foram denominadas de PI, PII, PIII e PIV. A proteinase PI foi selecionada para este estudo, a qual foi purificada do sobrenadante do meio decultivo em dois passos, utilizando-se de cromatografia em coluna de gel filtração e coluna de troca iônica. A enzima apresentou massa molecular de aproximadamente 36 KDa, estimada em eletroforese de gel de poliacrilamida na presença de SDS (SDS-PAGE). A proteinase PI apresentou atividade proteolítica na faixa de temperatura e pH que variaram de 10 a 50 e 2,0 a 9,0 respectivamente. A enzima apresentou boa estabilidade térmica mantendo 98,5% de atividade entre 15 e 30oC,quando mantida por 2 horas, antes da determinação da atividade enzimática. Aproximadamente 98,6% da sua atividade foi mantida quando incubada em pH 4,0 (tampão citrato de sódio 50 mM) por um período de 12 horas em temperatura ambiente (24oC ± 2oC). O valor ótimo de pH e temperatura de atividade proteolítica da proteinase produzida por C. krusei AP176 foi de 4,0 e 25oC, respectivamente. Osmaiores valores de atividade foram em valores de pH ácido (pH 3,0 a 5,0) em uma faixa de temperatura de 20 a 30oC. As propriedades físico-químicas apresentadas pela proteinase PI podem, favorecer possíveis aplicações desta enzima nos diversos processos biotecnológicos para os quais as enzimas proteolíticas são utilizadas.