Machado de Assis contra a concepção de sujeito solar: implicações na crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Alex Sander Luiz Campos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/ECAP-94LKDZ
Resumo: Contrariando a tradição moderna do sujeito, que atesta sua indivisibilidade, a obra de Machado de Assis permaneceu alheia ao ditame metafísico da unidade do sujeito. Investigaram-se as implicações dessa postura na crônica, partindo de um corpus composto pelas duas últimas séries escritas pelo autor: 'Bons dias!' e 'A semana'. Baseando-se na via alternativa proposta por Costa Lima, a de um sujeito fraturado, este trabalho identificou, em cada uma das séries, um cronista distinto, dotado de características particulares. Em relação a 'Bons dias!', foi estudado o cronista Policarpo, um ex-relojoeiro atormentado em um mundo de relógios em descompasso. No caso d''A semana', identificou-se um cronista enfastiado com os 'assuntos graves'. Concluiu-se que a heteronímia em Machado de Assis deve ser entendida em sentido amplo: mantendo o controle de suas criações literárias, teria praticado o outramento a fim de ocultar-se, dificultando o trabalho daqueles que procuram por uma identidade.