Habitat use and activity patterns of Lowland tapir (Tapirus terrestris) in one of the largest Atlantic Forest remnants in Brazil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Bruna Manuele Campos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
ICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS
Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Conservacao e Manejo da Vida Silvestre
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/37788
Resumo: Fatores ambientais, ecológicos e humanos que compõem a paisagem influenciam a maneira com a qual as espécies utilizam o ambiente. Estudos mostram que mamíferos respondem a heterogeneidade ambiental de acordo com a distribuição espacial e temporal de recursos, como alimento e condições ambientais, ao mesmo tempo em que evitam fatores de risco, como a predação e a caça. A anta (Tapirus terrestris) é o maior mamífero herbívoro do Brasil, importante por seu papel na dispersão de sementes e na regeneração das florestas tropicais. O objetivo deste estudo foi avaliar como e quais fatores ambientais, ecológicos e antrópicos influenciam a ocupação, a detecção e o padrão de atividade das antas no Parque Estadual do Rio Doce (PERD), sudeste do Brasil. Nenhuma das variáveis analisadas influenciou a ocupação das antas. No entanto, a detecção da espécie foi fortemente associada com três das variáveis avaliadas: probabilidade de ocupação de potenciais predadores (onça-pintada – Panthera onca e onça-parda – Puma concolor), construções humanas (incluindo infraestruturas rurais, urbanas e residências dentro e fora dos limites do parque) e áreas de pastagem. Estes resultados indicam que a maior movimentação da anta em locais com maior probabilidade de ocupação de predadores pode estar sendo utilizada como uma estratégia anti-predação. A associação forte e positiva entre a detecção de anta e áreas de pasto provavelmente indica que a espécie utiliza áreas próximas à borda do parque mais frequentemente. Em tais localidades, a altura da vegetação da borda da floresta é menor, podendo estar sendo utilizada como uma das principais áreas para forrageamento, o que explicaria a maior movimentação da espécie em tais localidades. Por outro lado, a associação negativa com construções humanas corrobora estudos anteriores, que demonstram que a espécie evita áreas que são utilizadas mais intensamente por humanos. As análises de padrão de atividade demonstraram que as antas são majoritariamente noturnas e não diferem sua atividade quanto ao sexo, região de localização das cameras-trap no parque (norte e sul) e nem quanto a estação do ano (seca e chuvosa). Nossos resultados indicam que a qualidade de habitat do PERD permite com que a anta use praticamente toda a área protegida. No entanto, estudos populacionais e genéticos precisam ser realizados a fim de avaliar a capacidade de persistência dessa população a longo prazo.