Traduções da lírica de Manuel Bandeira na canção de câmara de Helza Camêu
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/ECAP-7QJKD5 |
Resumo: | O principal objetivo deste trabalho é apontar meios que auxiliem o intérprete musical, cantor e instrumentista, a reconhecer e a compreender os significados que permeiam a canção de câmara, em especial a canção brasileira. O trabalho considera que tal compreensão possa conduzir ao êxito da performance e à valorização desse gênero musical. Para alcançar esse objetivo, escolhi como corpus de estudo a suíte de oito canções - Líricas, op. 25 -, da compositora carioca Helza Camêu, escrita sobre poemas de Manuel Bandeira; ele poeta canônico, ela compositora a ser reconhecida. A obra musical é aqui observada segundo as perspectivas teóricas do hipertexto, que consideram as obras em estudo como 'sendo' e 'estando' em rede. A rede hipertextual da canção é constituída de elementos intrínsecos e extrínsecos à própria obra musical, conectados através de diferentes interfaces, pela abertura a novos elementos e conexões, pela multilinearidade e heterogeneidade das relações e pela mobilidade das centralizações. Essas interfaces, relações que promovem sentido, são assumidas na tese como relações tradutórias, fundamentadas nos princípios da teoria da 'transcriação', da 'tradução intersemiótica', ambas de base semiótica peirciana, e nos princípios dialógicos da intertextualidade, de base bakhtiniana. Ao longo da tese, são propostos exames dessas relações tradutórias impetradas pela compositora - através do estabelecimento de relações texto-música-contexto -, pelo poeta - através das relações intertextuais presentes em sua obra-, e pelo próprio intérprete, que promove, com suas diferentes leituras, a ativação de significados potencias da obra. |