Orogenic magmatic events and their relations with the Nova Venécia complex in the southeastern sector of the Araçuaí orogen, Brazil
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil IGC - INSTITUTO DE GEOCIENCIAS Programa de Pós-Graduação em Geologia UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/60874 |
Resumo: | O Sistema Orogênico Araçuaí – Congo Ocidental constitui um orógeno confinado a um grande embainhamento do Cráton São Francisco – Congo, amalgamados no Paleocontinente Gondwana ao final do Neoproterozoico. Uma das características mais marcantes do orógeno Araçuaí é a longa sucessão de eventos magmáticos (ca. 630 - 480 Ma) associados aos estágios orogênicos. Localizada a extremo leste deste orógeno, a área em estudo inclui rochas dos estágios orogenéticos pré-, sin- e pós-colisionais que intrudem em migmatitos paragnáissicos do Complexo Nova Venécia, interpretada como representante da bacia de retroarco. Nova investigação petrológica, de química de rocha total e análises isotópicas (U-Th-Pb e Lu-Hf por LA-ICPMS em zircão e Sm-Nd em rocha total) foram realizadas em rochas desses estágios e em rochas do complexo Nova Venécia. Nesse contexto, as suítes Santa Tereza e Jequitibá representam a expressão mais oriental do magmatismo pré-colisional associado ao Arco Magmático Rio Doce, enquanto as rochas da suíte Ataléia representam o estágio sin-colisional e os plútons Aracê – Pedra Azul, Vitória e Mestre Álvaro registram o magmatismo pós-colisional. Com uma idade Concórdia de 612 ± 3 Ma para a suíte Santa Tereza e 594 ± 3 Ma para a suíte Jequitibá, os isotópicos representam o registro de magmatismo pré-colisional menos isotopicamente envolvido neste orógeno (suíte Santa Tereza: εHf(612) de +2,3 a -4,8 com TDM de 1,33 a 1,65 Ga e εNd(612Ma) de -0,06 a -7,05 com TDM de 1,4 a 2,04; suíte Jequitibá: εHf(t) de -1,7 a -36,4 com TDM de 1,33 a 3,21 Ga e εNd(594) de -6,67 a -8,8 com TDM de 1,64 a 1,87). Essas suítes consistem em intrusões do tipo I, intermediárias a ácidas, metaluminosas a levemente peraluminosas, com composições principalmente magnesianas e cálcicas a alcalino-cálcicas, com porções de rochas contendo ortopiroxênio e rochas gabroicas subordinadas. Os dados do granito Ataléia (583 ± 3 Ma; εHf(t) de -3,2 a -8,1, TDM de 1,42 a 1,64 Ga) e dos paragnaisses migmatíticos do complexo Nova Venécia (582 ± 7 a 2363 ± 26 Ma – com picos de idades em 617 ± 4 Ma (68%), 719 ± 22 Ma (14%), 839 ± 46 Ma (8%) e 922 ± 31 Ma (10%); εHf(t) de +4,1 a -39,2, TDM de 1,20 a 3,47 Ga) sugerem proximidade da bacia retroarco à margem continental e que essa bacia recebeu significativa quantidade de sedimentos do Arco Magmático Rio Doce. Além disso, dados das rochas pós-colisionais na área (Aracê – Pedra Azul: 523 ± 2 Ma, εHf(t) de -18,6 a -23,8, TDM de 2,25 a 2,47 Ga; Vitória: 505 ± 1 Ma, εHf(t) de -7,4 a -10,3, TDM de 1,58 a 1,71 Ga; Mestre Álvaro: 527 ± 2 Ma, εHf(t) de -0,7 a -8,8, TDM de 1,27 a 1,66 Ga) indicam hibridização à altas temperaturas envolvendo as rochas encaixantes na petrogênese pós-colisional. As rochas estudadas refletem uma seção crustal composta de intrusões intermediárias a ácidas do tipo I, metagranitos do tipo S e rochas paragnaisses metamorfisados sob fácies anfibolito a granulito, comumente migmatizadas. Os resultados, comparados com uma vasta compilação bibliográfica, sugerem que um arco magmático provavelmente se desenvolveu na região com uma fase inicial extensional seguida por uma fase compressional e migração do arco para oeste. |