A melanina exerce papel essencial na interação entre fungo e célula do hospedeiro em modelos de paracoccidioidomicose experimental
Ano de defesa: | 2014 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil ICB - DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA Programa de Pós-Graduação em Microbiologia UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/35261 |
Resumo: | Paracoccidioides brasilensis é um dos agentes etiológicos da paracoccidioidomise, micose sistêmica endêmica da América Latina e de maior prevalência no Brasil. A patogênese da PCM é dependente de múltiplos fatores, sendo estes relacionados tanto ao fungo quanto ao hospedeiro. Além disso, uma importante participação da resposta inflamatória na patogênese da PCM tem sido bem descrita. A melanina é sabidamente um fator de virulência encontrado em diversos patógenos de plantas e animais e já foi demonstrado que P. brasiliensis a produz. Sendo assim, torna-se importante entender quais os fatores associados ao fungo são responsáveis pela interação com o hospedeiro. Neste estudo, foram investigadas alterações na resposta imunológica da PCM experimental induzida por de P. brasiliensis. Os dados obtidos mostraram que após a infecção intratraqueal com leveduras de P. brasiliensis melanizadas houve alterações no recrutamento de leucócitos, na produção de mediadores inflamatórios e na proliferação fúngica presente no pulmão, em relação à infecção com leveduras não melanizadas. Além disso, houve disseminação do fungo melanizado para o fígado. Ensaios in vitro mostraram uma redução da atividade fagocítica de macrófagos infectados com leveduras melanizadas, assim como uma menor produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) e nitrogênio (RNS). Provavelmente, a redução de ROS e RNS possibilitou o aumento no índice de proliferação no interior de macrófagos, visualizado após a infecção com P. brasiliensis melanizado. Objetivando um estudo mais profundo da influência da melanização do fungo no reconhecimento e recrutamento celular, foi padronizado um modelo de infecção intra-plantar com P. brasiliensis Os resultados mostraram uma maior carga fúngica associada ao aumento no edema na pata e ao maior recrutamento de células inflamatórias. Assim, esse trabalho mostrou que a melanização do fungo Paraccocidioides brasiliensis é um importante fator de virulência, conferindo uma proteção para o fungo e desencadeando alterações na resposta imune do hospedeiro, o que influencia de maneira significativa os sinais de progressão da PCM. |