A cosmovisão africana da morte um estudo a partir do saber sagrado em Mia Couto: um estudo a partir do saber sagrado em Mia Couto
Ano de defesa: | 2010 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/ECAP-894HX7 |
Resumo: | Os temas da ancestralidade e do saber sagrado se fazem largamente presentes na produção literária africana atual. Articuladores da memória e da performance cultural, reportam à cosmovisão no que ela tem de invisível-intraduzível. Mia Couto, um dos escritores moçambicanos mais conhecidos e premiados da atualidade, percorre em sua literatura um trajeto sobre o saber tradicional e seus desdobramentos na sociedade contemporânea. Em seus textos, dentre os diversos pontos relacionados ao universo sagrado, destacam-se principalmente a morte, a espiritualidade e suas formas de manifestação sendo, em grande parte de seus livros, temas centrais. Tangenciadoras dos fenômenos sobrenaturais, elas carregam em si conhecimentos antigos e complexos que se permeiam através do tempo atualizando-se sempre. A discussão sobre os modos como diferentes expressões da ancestralidade são recuperados por Mia Couto em sua escrita é um dos trabalhos realizados nesta dissertação. Nesse caminho, os estudos de Mircea Eliade acerca do sagrado e do profano são referenciais teóricos centrais. Esta dissertação, ademais, se interessa especialmente pelos aspectos sobrenaturais que envolvem a morte: a relação entre mortos e vivos, os ritos de passagem, as formas de intercessão dos não-viventes com os viventes, enfim, as manifestações transcendentes do sagrado. Para este recorte, as pesquisas de diversos etnólogos sobre a cultura africana e sobre outras culturas do mundo foram essenciais. Esses elementos, por sua vez, serão analisados especificamente nas narrativas A varanda de frangipani e Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, de Mia Couto, por serem, nestas obras, presentificados valiosos aspectos do simbolismo tradicional africano. |