Francis Ponge: a poética do "mundo mudo" e o diálogo com as artes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Fabio Gabriel Martins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/ECAP-842R29
Resumo: Essa dissertação realiza uma leitura crítico-analítica do livro Le Parti Pris des Choses (O Partido das Coisas), publicado em 1942 pelo poeta Francis Ponge, tendo por objetivo pesquisar como o autor explora, através de sua escrita, as relações entre as palavras e as coisas. Em nosso trabalho, observamos como estas relações acompanham as elucubrações do poeta acerca da representação da linguagem escrita e abarcam outros conceitos desenvolvidos por Ponge como 'a descrição', a tomada de partido pelas coisas, o humanismo, as relações subjacentes entre objeto e palavra que abrangem imagem, significado e significante, a retórica e a moral, e as pesquisas lingüísticas que são parte inalienável da poética do autor. O livro O Partido das Coisas configura-se a nosso ver como chave de leitura da poética pongeana, vasta de possibilidades interpretativas. Escolhemos para este trabalho a conjunção de três caminhos: a filosofia que atravessa a todo o momento a tomada de partido pelas coisas; as relações entre sua poética e as outras artes a partir de conceitos da representação; e por fim, a análise do jogo entre coisas e palavras. Uma vez interrelacionados, os três caminhos tornaram-se uma pesquisa da poesia de Ponge enquanto fruto da relação do homem com as coisas que o cercam através da linguagem