Saberes tradicionais de benzedeiras e os processos educativos da EJA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Ronildo Geraldo da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
FAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO
Programa de Pós-Graduação em Educação e Docência
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
EJA
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/43977
Resumo: Este estudo propõe entender possíveis interlocuções entre os saberes tradicionais populares negros de “benzedeiras” e os processos educativos realizados na Educação de Jovens e Adultos (EJA). O problema central proposto busca compreender se os saberes tradicionais de 3 (três) mulheres benzedeiras quilombolas dialogam com os processos educativos da EJA. A pesquisa foi realizada com membros da Irmandade Nossa Senhora do Rosário, pertencente ao Quilombo de Nossa Senhora do Rosário de Justinópolis, Ribeirão das Neves, em Minas Gerais. Como procedimento metodológico de pesquisa adotado, além do levantamento bibliográfico, realizaram-se entrevistas semiestruturadas, a observação participante e a produção de uma cartilha como parte do recurso educacional. O estudo dialoga com a produção do campo de conhecimento da educação popular a partir da sua especificidade entendida por nós como: Educação Popular Negra, bem como a Educação das Relações Étnico-Raciais (ERER) em interface com a EJA. Com os resultados alcançados, constatamos a necessidade dessa modalidade de ensino integrar de fato outras possibilidades de saberes que são produzidos nas comunidades locais e do entorno. Afinal, os saberes tradicionais têm se afirmado como uma profícua experiência comunitária. Espera-se, portanto, que os resultados aqui obtidos possam, de alguma maneira, contribuir com a realização de outras e novas práticas educativas realizadas na EJA que levem em consideração os saberes das benzedeiras e quilombolas, conforme preconizado na perspectiva da Educação das Relações Étnico-Raciais.