Patogenecidade de Brucella Ovis em camundongos gestantes e avaliação da inocuidade e proteção induzida pela Cepa mutante atenuada Brucella Ovis ∆abcBA durante a gestação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Heloísia Maria Bressan Braz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/43021
Resumo: A brucelose ovina causada por Brucella ovis é uma das principais enfermidades que cursam com falhas reprodutivas em ovinos. Considerando a escassez de pesquisas relacionadas à infecção por Brucella em modelo murino gestante, esse estudo foi desenvolvido com o objetivo de avaliar a patogenicidade transplacentária da cepa virulenta de B. ovis ATCC 25840 (B. ovis WT) e B. ovis ∆abcBA, bem como avaliar o potencial vacinal da cepa mutante de B. ovis ∆abcBA nesse mesmo modelo. Para isso, 40 camundongos fêmeas BALB\c foram divididas em quatro grupos contendo 10 animais cada: Grupo 1 – inoculado com solução salina (PBS), grupo 2 – inoculado com PBS e desafiado com B. ovis WT; grupo 3 – inoculado com PBS e desafiado com B. ovis ∆abcBA; grupo 4 vacinado com B. ovis ∆abcBA e desafiado com B. ovis WT. As fêmeas foram estimuladas ao estro e colocadas para cópula. Cinco dias após a visualização do plug vaginal foram inoculadas intraperitonealmente (ip) com 100 µL de PBS estéril, 100 µL de 1 x 106 UFC de B. ovis ∆abcBA e 100 µL de 1 x 106 UFC de B. ovis WT, conforme estabelecido nos grupos supracitados. Ao décimo sétimo dia de gestação, as fêmeas foram eutanasiadas e necropsiadas para coleta de fragmentos de baço, fígado, útero, placenta, feto e glândula mamária para bacteriologia, histopatologia e imunoistoquímica. Nas fêmeas inoculadas com a estirpe selvagem observaram-se placentite necrotizante, além de microgranulomas em fígado e baço. Com base nesses resultados é possível avaliar que a infecção por B. ovis em modelo murino gestante tem comportamento similar à infecção por B. abortus no mesmo modelo. A cepa mutante B. ovis ΔabcBA além de não resultar em recuperação bacteriana em nenhum dos órgão supracitados, também não induziu lesões macroscópicas e histopatológicas, demosntrando ser esta uma cepa segura e atenuada nesse modelo de estudo experimental. Além disso, B. ovis ΔabcBA foi capaz de produzir resposta imunológica protetora após o desafio com B. ovis WT.