Restauração de Campos Ferruginosos Mediante Resgate de Flora e Uso de Topsoil no Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/TJAS-8BQGLF |
Resumo: | RESUMOA restauração da cobertura vegetal de formações ferríferas do Quadrilátero Ferrífero é complexa em decorrência das características dessa vegetação, que é diversificada, rica em endemismos e constituída por espécies de difícil propagação ex situ. Ela é exigida frente a demandas de supressão de vegetação pela mineração, que são autorizadas mediante condicionantes impostas pelos órgãos competentes. Entre essas condicionantes, destaca-se a obrigatoriedade de viabilizar metodologias destinadas à restauração de vegetação nativa nas áreas mineradas. Este trabalho apresenta resultados de pesquisas realizadas nas minas de Alegria, Segredão e Sapecado, localizadas em Mariana, Sabará e Itabirito, respectivamente. O objetivo de todas elas foi realizar operações de resgate de flora e testes com uso de topsoil, precedidos de estudos florísticos para embasamento dessas operações. Os resultados de cada pesquisa propiciaram o desenvolvimento e aprimoramento de técnicas destinadas a possibilitar a recriação de condições para que comunidades ecologicamente viáveis se instalem em áreas de restauração. Na mina de Alegria, unidade em operação, as exigências ecológicas quanto ao resgate de flora puderam ser viabilizadas e iniciou-se o percurso de testes com uso de topsoil. Como aí se verificou que todas as espécies nascidas no topsoil eram relacionadas à flora dos Campos Ferruginosos e estruturadoras dessas formações, concluiu-se que o experimento fora positivo. Decidiu-se reproduzi-lo em outra unidade minerária, a mina de Segredão, de situação diversa por estar paralizada e ter sofrido revegetação por espécies exóticas. O resultado do novo experimento, precedido de levantamentos florísticos, revelou, no topsoil, a presença de espécies ausentes no meio natural, com dominância de poucas, o que foi atribuído à perda de matéria orgânica e de nutrientes, detectada na análise química do solo. Com a terceira pesquisa, realizada na mina de Sapecado, unidade em operação em Itabirito, também precedida de levantamentos florísticos, foram obtidos resultados semelhantes aos da mina de Alegria, com desenvolvimento apenas de espécies presentes no meio natural e com destribuição bastante homogênea. A análise química dos atributos do solo mostrou praticamente todos com teores inferiores ao da mina de Segredão, sugerindo não haver relação entre riqueza de espécies e riqueza do solo. Com esse resultado, concluiu-se pela necessidade de novas pesquisas sobre o uso do topsoil, que já se mostrou como instrumento crucial para o estabelecimento de condições iniciais do processo de restauração, que, para ser bem sucedido, demanda associação de diferentes procedimentos. Em complementação a essas pesquisas, aplicou-se um teste de similaridade das espécies da flora registradas em oito estudos sobre Campos Ferruginosos, obtendo-se uma lista com 820 espécies. PALAVRAS-CHAVE: mineração; cobertura vegetal; campo ferruginoso; degradação; restauração; topsoil. |