O retorno do pai na democracia : da crise moderna à falência contemporânea
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil FAF - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA Programa de Pós-Graduação em Psicologia UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/44740 |
Resumo: | Vivemos em uma época de emergência de líderes de extrema-direita dentro das sociedades democráticas. Assim como a crise na democracia no início do século XX ficou marcada pelo fascismo, atualmente vivenciamos um movimento semelhante, que mina a democracia e suas instituições. O presente trabalho propõe questionamentos acerca do mal-estar que provoca a aparição de políticos autoritários capazes de assumir o poder na contemporaneidade. Convocamos aqui a psicanálise, a fim de pensar sobre este fenômeno. Para responder ao questionamento proposto, foi realizada, como proposta metodológica, uma pesquisa teórica em psicanálise, desenvolvida ao longo de três capítulos. No primeiro capítulo é feita uma investigação sobre dois pais que aparecem na obra freudiana: o pai totêmico e o pai Moisés. É determinada a passagem de um pai cujo ordenamento era do Universal para um pai da razãosingular, sendo esta passagem o que possibilita a emergência da modernidade. No segundo capítulo, é desenvolvida uma discussão sobre as formações das massas e o populismo, e como a democracia possui um furo espectral que permite a emergência de líderes autoritários que buscam ocupar o lugar proibido do pai mítico. No terceiro capítulo, é empreendida uma reflexão sobre a contemporaneidade a partir da modulação subjetiva que declina o Nome-do-Pai como operador hegemônico, e sobre a ascensão da razão neoliberal que produz a desdemocratização e permite o retorno do pai na democracia. |