Diversidade, distribuição e conservação de anfíbios anuros em serras do Sudeste do Brasil, com ênfase na Mantiqueira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Emanuel Teixeira da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B77LXZ
Resumo: Um conjunto crescente de evidências indica que a Terra passa por mais um período de extinções em massa, estas decorrentes da intensificação da ação humana nos últimos séculos (Collins e Crump 2009; Barnosky et al. 2011). As taxas de extinção excedem aquelas observadas no registro fóssil para diversos grupos taxonômicos (Barnosky et al. 2011), em especial para os anfíbios, que contam com cerca de 38% das espécies sob ameaça de extinção ou quase ameaçadas (IUCN 2018). Esse número é certamente otimista, visto que 25% das espécies de anfíbios possuem status de conservação indeterminado (IUCN 2018), podendo estar de fato ameaçadas (Morais et al. 2013). Atualmente são conhecidas 7.860 espécies de anfíbios viventes, divididas nas ordens Anura (rãs, pererecas e sapos), Caudata (salamandras e tritões) e Gymnophiona (cobras-cegas) (Frost 2018). A pele altamente permeável, os ovos desprovidos de casca rígida protetora e a necessidade de ambientes aquáticos e terrestres úmidos para seu desenvolvimento (Duellman e Trueb 1994), tornam os anfíbios organismos muito sensíveis a alterações ambientais (Collins e Crump 2009). A partir do final dos anos 1980 constatou-se o declínio populacional de várias espécies de anfíbios ao redor do mundo, mesmo em áreas consideradas protegidas (Alford e Richards 1999; Stuart et al. 2004; Lips et al. 2005; Collins e Crump 2009). Algumas das principais causas sugeridas são a perda e a fragmentação de habitat, as mudanças climáticas globais e a emergência de patógenos, entre eles o fungo Batrachochytrium dendrobatidis (causador da quitridiomicose) (Lips et al. 2006; Pounds et al. 2006; Wake 2007; Sodhi et al. 2008). Tais fatores podem atuar em sinergia (Sodhi et al. 2008), o que demanda estratégias rápidas para maximizar os esforços de conservação para os anfíbios (Diniz-Filho et al. 2004).