Correlação entre os parâmetros gasométricos e o grau de anemia em fetosde mães isoimunizadas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Juliana Moyses Barbosa Leite
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/ECJS-76PQWY
Resumo: O feto da gestante isoimunizada apresenta queda progressiva dosníveis de hemoglobina em decorrência da hemólise que se estabelece a partir da passagem placentária de anticorpos antieritrocitários. A queda de hemoglobina induz a ocorrência de acidemia fetal, que está diretamente relacionada com o desenvolvimento de lesões neurológicas definitivas no recém-nascido. Entretanto, o nível dessa queda que desencadeia o desequilíbrio ácido-básico ainda é desconhecido no feto humano. O presente estudo tem como objetivo estabelecer as correlações entre o perfil gasométrico fetal e o grau do processo anêmico decorrente da isoimunização. Trata-se de um estudo transversal no qual foram incluídas 49 gestantes isoimunizadas, com indicação para realização de cordocentese propedêutica. As gestantes foram caracterizadas conforme a idade, paridade, causa da sensibilização, resultado do painel de hemácias, titulação do teste de coombs indireto, idade gestacional no momento da cordocentese epresença de hidropisia fetal. As pacientes foram submetidas a um total de 79 cordocenteses. Os seguintes parâmetros gasométricos foram avaliados: pH, pO2, pCO2, excesso de base e bicarbonato. Os casos foram ordenados conforme o déficit (delta) da concentração de hemoglobina em comparação com a curva de normalidade especificada para a idade gestacional. Não houve correlação estatisticamente significativa entre o grau de hemoglobina e os parâmetros gasométricos avaliados. Correlacionando-se o grau de anemia fetal e cada parâmetro gasométrico isolado, pôde-se observar que não houve diferença significativa entre os graus de anemia e pO2 (p=0,485), pCO2 (p=0,193), BE (p=0,570) e HCO3 (p=0,093). Em relação ao pH, fetos com anemia grave o apresentaram significativamente mais baixo que aqueles com anemia ausente ou leve (p=0,003). Os resultados sugerem que há surgimento de acidose metabólica frente ao quadro de anemia grave decorrente da isoimunização. Entretanto, os outros parâmetros gasométricos não apresentaram padrão de ocorrência definidafrente ao quadro de anemia.