Avaliação da qualidade da educação reportada de adultos nos censos brasileiros de 1991 e 2000, por regiões, a partir de medidas de sobrevivência
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil FCE - DEPARTAMENTO DE DEMOGRAFIA Programa de Pós-Graduação em Demografia UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/69635 |
Resumo: | A educação desempenha um papel fundamental na análise demográfica, servindo como um indicador confiável do status socioeconômico e das habilidades cognitivas ao longo da vida. No entanto, a validade dessas relações está intrinsecamente ligada à consistência dos dados educacionais reportados, especialmente nos censos, que são fontes fundamentais para calcular os denominadores dos indicadores demográficos. No Brasil, pouco se sabe sobre a qualidade dos dados educacionais nos censos, mas estudos indicam imprecisões e inconsistências entre os levantamentos, possivelmente devido às mudanças estruturais e terminológicas no sistema educacional. Este estudo propõe avaliar a qualidade dos dados educacionais reportados por região nos censos de 1991 e 2000, através dos impactos dessas inconsistências nos padrões de mortalidade previstos por grupos educacionais. Para isso foram empregados métodos baseados em medidas de sobrevivência: razão intercensitária de sobrevivência e variável-r. Os resultados apontaram importantes inconsistências nas declarações de educação ao longo dos censos, com uma pior situação nas regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte. Houve grande expansão da educação nessas regiões, o que pode ter causado um maior incentivo dos indivíduos mais velhos a reportarem um nível educacional mais alto. As mulheres apresentaram padrões de inconsistência ainda mais acentuados do que os homens em todas as regiões. Embora a migração possa explicar parte dessa pior declaração nessas regiões, a incorporação da migração interna, calculada por métodos indiretos, mostrou que o volume migratório necessário para explicar os resultados deveria ser significativamente mais alto do que os estimados. Assim, é improvável que o pior padrão de declaração observado seja devido à migração. Destaca-se ainda que as mudanças no quesito do censo de 2022, como a inclusão de perguntas sobre o último ano ou série concluída com aprovação, são importantes para retomar a série histórica anterior, mas ainda apresentam possíveis fontes de confusão e incompatibilidade com o censo de 2000. |