Memória, linguagem e construção de identidade em Song of Solomon e Beloved, de Toni Morrison

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Flávia Maurício da Rocha Fontes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
FALE - FACULDADE DE LETRAS
Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/39468
Resumo: Nesta dissertação, analiso os romances Song of Solomon e Beloved, de Toni Morrison, tendo em foco a maneira como as personagens são afetadas pelo trauma cultural da escravidão e como a memória e a linguagem são elementos essenciais que fornecem resistência à opressão que elas enfrentam enquanto promovem a cura desta ferida coletiva. Esta pesquisa se concentra nos aspectos coletivos do trauma da escravidão, pois discuto como mesmo os personagens que não a vivenciaram diretamente ainda são afetados, perdendo seu senso de identidade e, consequentemente, tornando-se alienados, incapazes de se identificar com o grupo e excluídos pela comunidade. Neste sentido, defendo que Morrison usa a linguagem para representar como a manutenção de uma tradição oral e o uso do inglês vernáculo afro-americano podem ser formas de resistência ao apagamento das narrativas dos negros, à medida que se tornam armas para combater o silêncio que lhes é imposto pela sociedade dominante. Além disso, afirmo que o resgate da memória através do uso da linguagem e de manifestações culturais—na forma de histórias, canções, mitos, rituais e do uso do inglês vernáculo afro-americano—é essencial para formar laços que unem os negros como comunidade, restaurando a fragmentação dos personagens quando eles finalmente se reconciliam com ambos os lados de sua identidade: Africano e Americano. Nos romances, a cura só é possível quando eles reconhecem sua memória coletiva, aceitando sua história e compreendendo seu lugar no grupo à medida que se preparam para seguir em frente.