Efeito do tratamento com selênio orgânico, vitamina E e aminoguanidina na alergia alimentar induzida em camundongos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Maria Leticia Costa Reis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/ECJS-72DP7H
Resumo: A incidência de doenças alérgicas tem aumentado tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento. A alergia alimentar é uma reação de hipersensibilidade imediata mediada por IgE que ocorre após a ingestão de determinados alimentos por indivíduos previamente sensibilizados. Nosso grupo de pesquisa desenvolveu um modelo animal para o estudo da alergia alimentar à ovalbumina. Neste modelo, os camundongos são sensibilizados com ovalbumina (OVA) e desafiados com uma solução de clara de ovo a 20% (SCO). Um dos sintomas apresentados pelos camundongos BALB/c no nosso modelo de alergia alimentar é a perda de peso corpóreo após o desafio oral que persiste enquanto durar a ingestão do antígeno. Este emagrecimento não foi associado a um menor consumo líquido, nem a um menor consumo de ração. Macrófagos provenientes dos animais alérgicos produzem mais óxido nítrico que os animais normais. Foi observado também que animais alérgicos apresentam maior infiltrado eosinofílico no intestino delgado. No presente trabalho foi demonstrado que os animais alérgicos, que foram suplementados com selênio orgânico, vitamina E e todas as suplementações juntas, perderam peso corpóreo na primeira semana de desafio oral. A partir da segunda semana de desafio, esses animais recuperaram o peso corpóreo, sendo a recuperação do grupo suplementado com vitamina E, a mais expressiva. Além disso, os animais alérgicos expressaram mais iNOS no intestino, e quando foram suplementados com vitamina E a expressão dessa enzima foi semelhante à dos animais controles. Os animais alérgicos apresentaram um grande infiltrado de eosinófilos no intestino delgado e a vitamina E teve participação na diminuição do infiltrado. Esses resultados demonstram que a vitamina E apresenta efeitos positivos na alergia alimentar experimental. Os mecanismos pelos quais ela age devem ser investigados. 14