As incidências da repetição no corpo, pela via da dor

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Marinella Morgana de Mendonca
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dor
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/VCSA-6WVMUV
Resumo: É possível relacionar os temas da repetição e do corpo, em Psicanálise? É válido afirmar que a repetição é um operador teórico eficaz para se pensar o corpo psicanaliticamente? Chega-se a uma concepção metapsicológica do corpo a partir de tal investigação? E a dor? Será que pode ser utilizada como um exemplo da manifestação da repetição no corpo? A hipótese que se segue nesta dissertação é a de que as incidências da repetição no corpo podem ser demonstradas por meio do fenômeno da dor. Assim, nota-se que as duas teorias pulsionais freudianas são essenciais na apreensão psicanalítica do corpo. De acordo com as lógicas pulsionais destacadas, a da representação correspondendo à primeira teoria das pulsões e a do transbordamento pulsional se referindo à segunda teoria, as expressões da repetição no corpo seguem caminhos distintos, para Freud. Na perspectiva do primeiro dualismo pulsional, a repetição se manifesta no corpo segundo a ótica da formação dos sintomas neuróticos, notadamente os da histeria, quando o corpo é tido como erógeno e a dor é referida ao corporal. Com a introdução do conceito de pulsão de morte, abre-se a possibilidade de se considerar esses temas, repetição, corpo e dor sob um novo ponto de vista: o do transbordamento. O que, por sua vez, permite entender que a compulsão à repetição pode se dar a ver no corpo como sendo a expressão de um conteúdo pulsional excessivo e traumático.