The Miners of South America: an ecological approach to the genus Geositta
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil ICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Conservacao e Manejo da Vida Silvestre UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/53498 |
Resumo: | O gênero Geositta é um grupo de aves terrestres pertencentes à família Scleruridae e distribuído por toda a América do Sul. Composto por onze espécies, habitam ambientes abertos e áridos, como campos, áreas arbustivas, rochosas e desérticas, além de compartilharem comportamentos semelhantes, como uma dieta majoritariamente insetívora e serem escavadoras. Das onze espécies pertencentes ao gênero, Geositta poeciloptera é atualmente a mais estudada e também a única ameaçada de extinção. Considerando todo o conhecimento acerca da espécie, pretendemos neste estudo responder às perguntas que surgiram ao longo de sete anos de trabalho em campo. Nossas principais questões foram: (1) Quais os efeitos da precipitação e da arquitetura do ninho na sobrevivência do ninho de G. poeciloptera? (2) Como será o efeito das mudanças climáticas na distribuição futura de G. poeciloptera frente a diferentes políticas de emissão de gases de efeito estufa? (3) Por compartilharem preferências de habitat semelhantes, qual será o efeito das mudanças climáticas e da altitude na distribuição das sete espécies não migrantes distribuídas nos trópicos? Com base em 86 ninhos monitorados e com medidas de arquitetura aferidas na região dos Campos do Alto Rio Grande, calculamos o sucesso aparente e modelamos as taxas diárias de sobrevivência do ninho (TSD). O sucesso geral aparente do ninho foi de 58% e as estimativas baseadas em TSDs foram de ~45%. Fase do ninho, área de entrada da cavidade, altura do ninho e tendência temporal linear foram os principais fatores que influenciaram as DSRs. Para as perguntas 2 e 3 utilizamos registros de ocorrência de diferentes fontes além dos coletados em campo e recorremos à modelagem de nicho ecológico utilizando diferentes algoritmos. Para previsões futuras, usamos dois Modelos Gerais de Circulação e diferentes cenários políticos de emissão de gases de efeito estufa. Para G. poeciloptera encontramos um futuro não muito otimista, com uma diminuição considerável das áreas climaticamente adequadas para a espécie. Já para as outras espécies não migrantes, encontramos padrões diferentes de áreas climaticamente adequadas para espécies de limites de ocorrência em elevações mais baixas e as de elevações mais altas, o que parece ser devido ao zoneamento vegetacional e elevacional das encostas andinas, que proporcionam maior umidade em áreas de altitude intermediária. Nossos resultados nos permitem compreender melhor a ecologia desta família de aves ainda pouco estudada, além de contribuir nas estratégias de conservação dessas espécies. |