Do obedecer ao resistir no Estado civil de Thomas Hobbes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: João Gabriel da Silva Pinto Filho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
FAF - DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/31957
Resumo: Nosso objetivo com esta dissertação é analisar a obediência e a resistência como tensão permanente que perpassa o tecido do Estado Civil da filosofia política de Thomas Hobbes. Nossa hipótese é que diversos fatores relacionados com a natureza humana, com os fundamentos do Estado, e com o exercício do poder soberano concorrem tanto para a obediência do(s) súdito(s) como para sua resistência No momento inicial de nossa análise identificamos elementos que predispõem a obedecer, como as paixões e a razão calculadora características da natureza humana, e também os dispositivos jurídicos políticos da instituição estatal, o pacto/contrato e a teoria da personificação/representação. Em seguida destacamos a vontade como elo que liga obrigação e obediência possibilitada pela liberdade. Em um segundo momento de nossa análise, destacamos alguns elementos que dificultam o obedecer, como a pluralidade e volubilidade humanas, a possibilidade de divergência entre os signos fundantes da soberania/Estado e os exercícios do poder soberano, e a disputa pelas opiniões. No terceiro e último momento, analisamos elementos que levam a resistir, como a reação ao poder soberano, ou a resistência coletiva em forma de sedição. Por fim, averiguamos como resta a questão da resistência no ruir do Estado Civil e em sua refundação.