Análise das características clínicas, anatomopatológicas e epidemiológicas das pacientes portadoras de carcinoma invasor de mama com comprometimento clínico axilar submetidas à quimioterapia neoadjuvante
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil MEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Cirurgia e à Oftalmologia UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/51088 |
Resumo: | Introdução: A abordagem da axila após quimioterapia neoadjuvante (QTneo) ainda é um campo de intenso debate. Em pacientes com axila clinicamente comprometida (cN+) que se tornam clinicamente negativa (cN0) após QTneo, a utilização da biopsia do linfonodo sentinela (BLS) é vista com desconfiança pela escassez de dados que comprovem a segurança clínica após a omissão da linfadenectomia axilar (LA). Objetivos: Analisar as características anatomopatológicas e clínicas das pacientes câncer de mama e com axila clinicamente comprometida que foram submetidas à QTneo e posteriormente submetidas à cirurgia axilar (BLS ou LA); comparar desfechos clínicos como a taxa de recidiva axilar (RA), sobrevida livre de doença (SLDD) e sobrevida global (SG) entre LA vs. BLS; avaliar a taxa de resposta patológica completa (RPC) de acordo com os subtipos tumorais; identificar a taxa com que a LA foi evitada ou que poderia ter sido evitada. Métodos: Estudo retrospectivo de 173 pacientes com axila clinicamente positiva ao diagnóstico de carcinoma mamário submetidas a QTneo e tratadas na Santa Casa de Belo Horizonte no período entre 2013 a 2020. Elas foram divididas em dois grupos: BLS com 67 e LA com 106 pacientes. Resultados: Após a QTneo 67 pacientes (38,7%) apresentaram resposta clínica completa axilar e foram submetidas a BLS e 106 (61,3%) realizaram a LA. A mediana de seguimento no grupo BLS foi de 42,5 (IIQ 27,1 – 64,6) meses e no grupo LA 42,4 (IIQ 26,9 – 65) meses. O carcinoma ductal invasivo, grau II e subtipo Luminal foi o tipo mais prevalente na amostra total. A taxa de recidiva axilar foi de 4,5% no grupo BLS e 8,5% no grupo LA, sem diferença estatística. As análises de Kaplan-Meier mostram que a SLDD e SG apresentaram piores resultados no grupo LA, com diferença estatística. Tumores Luminais apresentaram boa resposta axilar à QTneo (31,6%) e o HER2+ apresentou as melhores taxas de RCP em mama e axila (36,8%), sendo esse com significância estatística (valor p = 0,04). Pacientes submetidas a LA sem RPC apresentaram os piores desfechos clínicos de metástase e óbito específico. Ao se comparar as pacientes com RPC dos dois grupos, observamos que não houve diferença estatística em relação ao desfecho clínico. Conclusão: A BLS é uma estratégia útil para pacientes cN+ que se tornam cN0 após QTneo poupando um grupo das morbidades associadas a LA. A BLS também apresenta segurança oncológica locorregional com baixa taxa RA. A LA não se mostrou determinante no aumento de SLDD e SG. |