African American religious (auto)biographies: the narratives of Sojourner Truth and Jarena Lee

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Hanna Karolyne Souza Simões
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
FALE - FACULDADE DE LETRAS
Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/42854
https://orcid.org/0000-0003-0387-2173
Resumo: O estudo de biografias e (auto)biografias explora como os seres humanos entendem e dão sentido a si mesmos, aos Outros e ao mundo por meio da escrita. A escrita da própria vida e da vida de outra pessoa é avaliada em um primeiro momento de acordo com a veracidade do que foi relatado. No entanto, a presença constante e necessária da ficção nas (auto)biografias tem como razão fundamental a violência e as experiências traumáticas que podem ser esquecidas, omitidas ou ignoradas. E no caso de narrativas afro-americanas, os eventos traumáticos devem ser eliminados ou suavizados para serem "adequados" ao gosto dos leitores brancos. Portanto, poder, memória e história desempenham papéis importantes na análise desta dissertação, pois esses conceitos ajudam a constituir a identidade do sujeito negro, bem como sua identidade coletiva. No entanto, existem alguns elementos cruciais para compreender o que torna algumas (auto)biografias mais promovidas do que outras. A Narrative of Sojourner Truth (1850) escrita por Sojourner Truth e Olive Gilbert, e a Religious Experience and Journal of Mrs. Jarena Lee (1849), escrita por Jarena Lee, são exemplos de obras que foram excluídas do cânone (auto)biográfico. Por exemplo, ao responder à pergunta: o que significa ter duas religiosas afro-americanas do século XIX publicando suas narrativas de vida contra o pensamento hegemônico do período, examinamos como aspectos de gênero, raça e religião fornecem a sobreposição de interpretações às suas construções literárias (auto)biográficas que potencializam suas abordagens transgressivas e plurais. Diante disso, esta dissertação explora o lugar das mulheres negras na sociedade e como, não obstante a mediação de suas vivências por rótulos da sociedade a elas impostos, essas mulheres construíram um lugar de resistência ao resgatar o discurso religioso hegemônico e expor os preconceitos e a opressão endossados pelo Cristianismo em relação à gênero e raça.