Voz, trabalho docente e qualidade de vida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Renata Jardim
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/ECJS-7GMNS4
Resumo: Introdução: O estudo das relações entre o processo de trabalho docente, as reais condições sob as quais ele se desenvolve e o adoecimento vocal dos professores, constitui um desafio e uma necessidade para se entender a dinâmica saúde-doença nesse grupo populacional. Objetivos: buscou-se conhecer as diferentes conceituações de disfonia utilizadas e suas repercussões nos resultados dos estudos de prevalência dos problemas vocais em docentes. Investigou-se a qualidade de vida relacionada à voz (QVRV) em professoras da Rede Municipal de Ensino de Belo Horizonte (RMEBH) e os fatores associados à pior percepção da QVRV. Materiais e métodos: Realizou-se uma pesquisa bibliográfica sobre as diferentesconceituações e a prevalência da disfonia em professores. Por meio de inquérito transversal, estimou-se os escores total e dos domínios físico e sócio-emocional do Protocolo de Qualidade de Vida e Voz (HOGIKYAN & SETHURAMAN, 1999) e os fatores associados à pior percepção da QVRV em professoras da RMEBH, através de um questionário autoaplicado, com seis subconjuntos de questões. Participaram desse inquérito 2.133 professoras do ensino fundamental diurno do 1º ao 3º ciclos. A taxa de resposta média foi de 86%. Resultados: os dados encontrados na revisão bibliográfica apontam uma elevada prevalênciade distúrbios de voz em docentes, porém a ausência de conceitos compartilhados sobre a disfonia e a falta de convergência na utilização de materiais e métodos nos diversos processos investigatórios, torna difícil o conhecimento da real prevalência e magnitude dos problemasvocais nas populações. A percepção da QVRV foi relativamente alta no grupo estudado. Os fatores que permaneceram independentemente associados no modelo final, com a pior percepção da QVRV total e em ambos os domínios foram: aspectos de saúde, comportamentorelacionado ao uso da voz e condições ambientais e organizacionais do trabalho. Conclusões: a literatura consultada aponta a disfonia entre os mais freqüentes problemas de saúde dos professores e, as repercussões da disfonia interferem na qualidade de vida do docente. Nesse contexto, é extremamente necessário buscar os possíveis fatores de risco para a disfonia e, desenvolver práticas preventivas mais eficazes, voltadas para além do treinamento do professor. Recomendações de medidas com vistas à melhoria das condições de trabalho foram realizadas no final do presente trabalho.