Efeito do tratamento com Lactobacillus gasseri na mucosite intestinal induzida por Irinotecano em modelo experimental murino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Johnatan Caetano Braz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
MEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - Saúde da Criança e do Adolescente
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/47191
Resumo: O Cloridrato de irinotecano (CPT-11) é uma droga antimetabólica muito utilizada na terapia de diversos tipos de cânceres, inibindo a síntese de DNA e suprimindo a proliferação de células tumorais. No entanto, células saudáveis com alta taxa de divisão celular, como as células da mucosa do trato gastrintestinal (TGI), também são afetadas. Essa inflamação da mucosa do TGI é denominada mucosite. A mucosite é caracterizada por uma inflamação na mucosa do TGI considerada um efeito colateral do tratamento oncológico. Os probióticos são utilizados para reestabelecer a microbiota intestinal, diminuir o processo inflamatório e os efeitos colaterais oriundos de distúrbios gastrointestinais. O objetivo do nosso trabalho foi avaliar o efeito do uso de Lactobacillus gasseri (LG) na mucosite intestinal induzida por CPT-11 em modelo animal murino. Os animais foram divididos em: controle (CTL), controle LG (LG), controle mucosite (Muc) e mucosite tratado com LG (LG+Muc). Por 15 dias 40 camundongos Balb/c, fêmeas, receberam tratamento, por gavagem, tanto de LG quanto de PBS em seus respectivos grupos. A indução de mucosite ocorreu por 3 dias consecutivos a partir do 10° dia de experimento em que os animais receberam CPT-11 ou PBS, por via intraperitonial, em seus respectivos grupos. O peso dos animais foi avaliado a partir do 10° dia e, no 15° dia, os animais foram eutanasiados para análise de sIgA, permeabilidade intestinal, histologia, EPO e MPO. Após indução da mucosite foi observado no grupo Muc: perda de peso e diminuição do consumo alimentar, aumento da permeabilidade intestinal, e danos histológicos característicos da mucosite, aumento das enzimas MPO e EPO, como indicativos do influxo de neutrófilos e eosinófilos, respectivamente, e diminuição dos níveis de sIgA. O tratamento com LG no grupo (LG+Muc) não foi capaz de amenizar os danos causados pelo tratamento quimioterápico. Na análise de microbiota intestinal o número de enterobactérias foi maior no grupo LG+Muc quando comparado aos demais. O uso preventivo do LG na mucosite intestinal induzida por irinotecano não foi capaz de reverter os efeitos colaterais oriundos do tratamento quimioterápico.