Propriedades de medida da escala de contratura articular em membros superiores após acidente vascular encefálico
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil EEFFTO - ESCOLA DE EDUCAÇÃO FISICA, FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/33453 |
Resumo: | A contratura articular é um déficit que se instala rapidamente em indivíduos pós-Acidente Vascular Encefálico e é um dos principais contribuintes de incapacidade em membros superiores. Por essa razão, é importante que tenha um método para mensuração da contratura articular, que seja válido, confiável, de fácil aplicabilidade, rápido e de baixo custo, para ser utilizado na prática clínica. A Escala de Contratura desenvolvida por KWAH et al. (2012) apresenta potencial para mensurar contratura articular em indivíduos após Acidente Vascular Encefálico. O objetivo deste estudo foi avaliar as propriedades de medidas da Escala de Contratura durante a movimentação passiva das articulações do ombro, cotovelo e punho de indivíduos após o AVE. Trata-se de um estudo metodológico. A amostra foi composta por 60 indivíduos em diferentes fases pós-Acidente Vascular Encefálico (4, 12 e 24 semanas após a lesão) provenientes de um Hospital de Belo Horizonte, Brasil. A rotação externa do ombro, extensão do cotovelo e extensão do punho foram mensuradas do lado parético do participante. Para a investigação da Validade de Critério, a mensuração da contratura articular passiva foi realizada em todos os participantes, utilizando primeiramente a Escala de Contratura e logo após o mesmo examinador usou o inclinômetro de gravidade digital, a fim de comparar os dados destes. A Escala de Contratura consiste em uma escala ordinal de 4 pontos, onde a amplitude de movimento articular é estimada da seguinte forma: 0 (nenhuma perda na amplitude de movimento), 1 (perda de até 1/3 na amplitude de movimento), 2 (perda de 1/3 a 2/3 na amplitude de movimento) e 3 (perda de mais de 2/3 na amplitude de movimento). Para a avaliação da confiabilidade teste-reteste, medidas repetidas da Escala de Contratura foram realizadas por um mesmo examinador em 53 participantes, sendo separadas por um intervalo 1 a 7 dias após a primeira medida. Já para averiguar a confiabilidade interexaminador, as medidas foram obtidas por dois examinadores independentes e cegados (examinador-1 e examinador-2) no mesmo dia, em 44 indivíduos utilizando a Escala de Contratura, onde um examinador não tinha acesso aos valores obtidos pelo outro examinador. Para análise dos dados antropométricos, clínicos e demográficos, foram utilizadas estatísticas descritivas, com medidas de tendência central e frequência. A validade de critério da Escala de Contratura foi investigada usando-se o Coeficiente de Correlação de Spearman. Para as análises das confiabilidades teste-reteste e interexaminador, foram utilizadas a estatística Kappa Ponderado. Foi considerado o valor de p menor que 0,05 como estatisticamente significativo. Na avaliação da Validade de Critério, observou-se correlações fortes, positivas e significativas entre os escores da Escala de Contratura e as medidas do inclinômetro digital para as articulações do ombro e do cotovelo (rho = 0,81 e 0,81 respectivamente; p<0,05). Para a articulação de punho, observou-se correlação forte, significativa e negativa (rho 0,73; p<0,001). Na análise da confiabilidade teste-reteste, a Escala de Contratura para a articulação de ombro demonstrou excelente confiabilidade (k: 0,81 ; erro padrão 0,06), para o cotovelo foi moderada (k: 0,59; erro padrão 0,14) e para o punho foi substancial (k: 0,80; erro padrão 0,05). Na análise da confiabilidade interexaminador , a Escala de Contratura aplicada na articulação de ombro obteve confiabilidade substancial (k: 0,76; erro padrão 0,07), no cotovelo foi moderada (k: 0,48; erro padrão 0,16) e no punho foi substancial (k: 0,80; erro padrão 0,05). A Escala de Contratura desenvolvida por KWAH et al (2012) apresentou valores adequados de validade de critério e confiabilidade interexaminadores e teste-reteste para articulações do ombro, cotovelo e punho em indivíduos pós-AVE. A Escala de Contratura é potencialmente útil para ser usada na prática clínica para avaliar a presença de contratura articular. |