Desenvolvimento auditivo em crianças surdas usuárias de Implante Coclear

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Dayanna Apolinário Diniz, Débora Marques de Miranda, Ana Lívia Libardi Bertachini, Luciana Macedo Resende.
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais; Brasil; MED - DEPARTAMENTO DE FONOAUDIOLOGIA; Programa de Pós-Graduação em Ciências Fonoaudiológicas; UFMG
• Palavras-chave em Português: audição; linguagem; plasticidade neuronal; implante coclear; NIRS; Audição; Desenvolvimento da Linguagem; Plasticidade Neuronal; Implante Coclear; Espectroscopia de Luz Próxima ao Infravermelho
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/49761

O implante coclear (IC) é um dispositivo indicado na reabilitação das perdas auditivas de grau severo a profundo. A colocação dentro do período sensível favorece o desenvolvimento da audição e linguagem. O desafio é entender como esse mecanismo ativa regiões corticais específicas do cérebro semelhantes à audição normal. Devido a isso, a espectroscopia de luz próxima ao infravermelho (NIRS) surge como uma possível ferramenta de neuroimagem que avalia o desenvolvimento cortical de crianças implantadas. Objetivo: Investigar a resposta de imagem molecular em uma criança surda com implante coclear em comparação a crianças ouvintes de mesma idade auditiva. Avaliar desfechos de desempenho de linguagem e auditivo de crianças implantadas em relação ao tempo e modo de uso dos dispositivos e condições relacionadas à reabilitação fonoaudiológica. Métodos: Dois estudos distintos foram realizados, sendo um estudo de caso comparativo entre uma criança de 4 anos, com perda auditiva neurossensorial profunda, que realizou com 1 ano e 5 meses ativação do implante coclear e registro da NIRS e três crianças ouvintes da mesma idade auditiva, e o outro um estudo transversal com a análise de uma população pediátrica implantada em um serviço público. Nesse estudo foi verificado o contexto clínico fonoaudiológico associado a características audiológicas de 86 crianças. Resultados: Não foram encontradas diferenças estatísticas entre ativação cortical da criança implantada com crianças ouvintes de mesma idade auditiva. Observou evolução da percepção auditiva e de linguagem da criança implantada após uso do implante avaliado por meio de protocolos. Foi observado no segundo estudo que quanto maior o tempo de uso do IC, maior a pontuação dos questionários e maior a categoria auditiva e de linguagem em que as crianças se encontram. Conclusão: Observou-se a evolução das respostas auditivas evidenciando a maturação cortical após a ativação do implante coclear visto na imagem molecular, concomitante ao uso do aparelho de amplificação sonora individual (AASI) e à fonoterapia. Observou-se que a NIRS é uma técnica de neuroimagem capaz de registrar as mudanças corticais em crianças com e sem implante, sendo uma ferramenta promissora.