Do Infamiliar [Unheimliche] ao objeto a
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil FAF - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA Programa de Pós-Graduação em Psicologia UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/53203 |
Resumo: | Essa dissertação trabalha a repercussão do texto freudiano Das unheimliche (Freud, 1919) após sua publicação. Sabendo da relação que o texto estabelece com temas relacionados a psicanálise, a arte, a literatura e a estética, este trabalho mobiliza-se em debater tais campos com os conceitos psicanalíticos fronteiriços ao Unheimliche. Atento a necessidade de um termo que estabeleça de melhor forma a sensação de Unheimliche na língua portuguesa falada no Brasil, adota-se a proposta de tradução infamiliar, para dizer do intraduzível Unheimliche. Buscando localizar momentos em que o infamiliar se presentifica na obra freudiana, busca-se ir além, problematizando em situações e casos clínicos narrados por Freud, a localização do que ele descreve em 1919 como infamiliar. Com a inédita classificação em Freud como palavra-conceito, o infamiliar reúne sob extenso e complexo panorama uma inserção metodológica, com diversos apontamentos de sua ocorrência, como uma experiência situada no campo daquilo que angustia, como ferramenta de investigação psicanalítica. Revisita-se aqui o infamiliar, com vistas a problematizar sua ocorrência, conjuntamente ao que Freud elege como possuindo um núcleo que o diferencia daquilo que angustia. Finalmente trata-se aqui também do uso que Lacan realiza do infamiliar, que, diferentemente do que ocorre com outros conceitos psicanalíticos, onde realiza contribuições e novas formas de uso, ele se serve do infamiliar como expressão fenomenológica da angústia. Problematizando a experiência do infamiliar e sua relação com a angústia, Lacan apresenta o conceito de objeto a. Se o infamiliar não pode ser subsumido ao campo artístico, psicanalítico, literário, ele permeia um debate com aquilo que do inconsciente “vem à tona”, seu caráter altamente inquietante, motiva a investigação que busca evidências, não suficientemente explícitas por Freud. |