Rede de atenção à saúde auditiva: análise da satisfação do usuário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Ana Cristina De Oliveira Mares Guia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
MEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA
Programa de Pós-Graduação em Ciências Fonoaudiológicas
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/45789
Resumo: Introdução: A deficiência auditiva é um problema de saúde pública e pode ocasionar impacto na qualidade de vida. A análise da autopercepção das condições de saúde auditiva e da satisfação da pessoa com deficiência auditiva com a rede de atenção à saúde é de suma importância. Objetivos: descrever a satisfação dos usuários quanto às condições de assistência, acesso e utilização dos serviços e verificar a associação entre autopercepção de saúde, percepção de problemas auditivos e motivação para busca de atendimento da Rede de Atenção à Saúde Auditiva. Método: trata-se de estudo observacional analítico do tipo transversal com amostra probabilística aleatória estratificada por município composta por 228 usuários vinculados aos Serviços de Atenção à Saúde Auditiva de Minas Gerais em 34 cidades das microrregiões de Sete Lagoas e Curvelo e da macrorregião de Diamantina. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevista com uso de roteiro semi-estruturado. Para a análise de medidas de associação foi utilizado o Teste de Mann-Whitney. Foram considerados como associações estatisticamente significantes, os resultados que apresentaram valor p ≤ 0,05. Resultados: Quanto à avaliação da satisfação o resultado encontrado foi superior a 80% em todos os itens avaliados. Além disso, mais de dois terços dos entrevistados relataram que recomendariam o serviço de saúde para outras pessoas. Contudo, apenas metade dos entrevistados relatou ter sido orientado sobre a importância do retorno ao serviço de Saúde Auditiva. Na avaliação da associação entre a idade e o tempo que tem o problema, o grupo de usuários que relatou ter perda auditiva até um ano revelou diferença com significância estatística. Os entrevistados que consideraram alteração auditiva como problema de saúde tiveram 3,72 (1,95 – 7,09) vezes a chance de considerarem-se doentes quando comparados ao grupo que não considera a alteração auditiva como problema de saúde. Não houve associação com significância estatística entre as variáveis “Seu problema foi resolvido” e “Porque procurou a Rede de Saúde Auditiva”. Conclusões: O estudo revelou que a maioria dos usuários relatou estar satisfeita com a rede e a assistência prestada, bem como teve suas expectativas atendidas. Houve associação com significância estatística entre autopercepção de saúde e percepção de problemas auditivos pelo usuário da Rede de Atenção à Saúde Auditiva. O estudo revelou, ainda, que considerar a alteração auditiva um problema de saúde aumentou a chance em quase quatro vezes de se considerar doente quando comparado a não considerar a perda auditiva um problema de saúde. Mais da metade dos entrevistados procurou a rede devido a dificuldades de escutar e entender as pessoas. A motivação pela procura da rede ocorreu na maioria das vezes por queixas relacionadas ao impacto da perda auditiva. Para a análise real do serviço avaliado, os usuários podem fornecer informações relevantes sobre sua qualidade e seu funcionamento.