A desigualdade de Bell e o problema do livre-arbítrio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Romeu Rossi Junior
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
FAF - DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/47583
Resumo: O teorema de Bell é baseado nas hipóteses de causalidade local e independência da medição. A última é identificada por Bell como ligada à hipótese da liberdade de escolha. Ele sustenta que, em última análise, o livre-arbítrio humano pode garantir a suposição de independência de medição. As condições experimentais incompletas para apoiar a suposição de independência das medições são conhecidas na literatura como loophole da liberdade de escolha (freedom-of-choice loophole). Parte da comunidade científica especializada defende que o uso de escolhas humanas em experimentos Bell é a única forma de garantir a hipótese de independência das medições. No entanto, a possibilidade da liberdade humana é uma antiga questão filosófica. Se a escolha humana não fosse livre, o seu uso em um experimento de Bell não seria suficiente para resolver o loophole da liberdade de escolha. Portanto, para sustentar esse pressuposto básico, é necessário argumentar que a escolha humana é de fato livre. Apresentamos aqui uma posição kantiana sobre o assunto e defendemos a visão de que essa posição filosófica é a mais adequada para garantir a hipótese da independência das medições através do livre-arbítrio.