Em torno do real: a escrita de Machado de Assis e o trabalho do leitor
Ano de defesa: | 2006 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/ALDR-6NKP4Q |
Resumo: | Este trabalho investiga a escrita de Machado de Assis como um lugar que provoca no leitor um trabalho. Isso decorre na medida em que o texto apresenta uma estética da desconstrução, operando com descentramento do sujeito. Além disso, trata-se de uma narrativa que convida o receptor e aponta-lhe a falta. Analisamos Memórias Póstumas de Brás Cubas por consideramos que este texto assinala com insistência a falta constitutiva do sujeito e que, desse modo, pode levar o leitor a fazer um trabalho em torno do inominável, do impossível - do real. O texto machadiano coloca em questão o fato de que há no real algo mais, para cuja abordagem são insuficientes as experiências do saber. Através da leitura, o leitor poderá fazer a borda em torno desse real. Assim sendo, pensamos que o leitor pode fazer um trabalho no sentido de construir relações subjetivas com o saber, de construir um saber, de construir um saber haver-se-ia, ou seja, um saber que aceite sua limitação frente á falta de sentidos. Para tanto, temos como proposta, além de destacar a operação de descentramento do discurso machadiano, recortar e focalizar as insistências das referências feitas ao leitor, em Memórias Póstumas de Brás Cubas, bem como apontar as estratégias ficcionais que possibilitam implicação do leitor, Marcamos no texto as passagens que sugerem uma prática com a linguagem de limite, e que revelem " lampejos do real". |