O debate ético sobre o comércio de órgãos
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil FAF - DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA Programa de Pós-Graduação em Filosofia UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/34507 |
Resumo: | Os avanços tecnológicos durante o século XX impactaram de maneira profunda toda a área da saúde. A inovação nas técnicas de transplantes e criação dos remédios imunossupressores fizeram com que a performance dos transplantes fosse cada vez mais segura e precisa. Isso abriu o campo para que o procedimento pudesse ocorrer em maior escala, necessitando apenas órgão de doadores. Na ausência destes, cogitaram-se criar formas de captar órgãos. Uma das principais propostas consiste na comercialização do órgão, com tal apoio, as pessoas que se interessarem em ganhar dinheiro podem vendê-lo sem sofrerem qualquer constrangimento por isso. Esta ideia foi praticada por três países Índia, Filipinas e Irã, sendo que somente o último mantém o mercado de maneira regulada. A implementação dos sistemas de comércio levantou vários questionamentos por todo o globo. Questões que diziam respeito à equidade e à corrupção dos valores foram levantadas, assim como de sua eficiência na prática. Nesta dissertação retomarei alguns dos tópicos mais importantes do debate e as diferentes posições defendidas a respeito dele. No primeiro capítulo, trato dos argumentos utilizados para defender a comercialização de órgãos que podem ser divididos em três: incentivos e eficiência, autonomia e liberdade e enfraquecimento do tráfico. Filósofos, economistas e pensadores de outras áreas são procurados para fundamentar esses argumentos de maneira empírica e teórica. No segundo capítulo, apresento os argumentos contrários à comercialização, divididos em quatro: exploração, vícios de consentimento, objetificação e altruísmo. Na conclusão, retomo a argumentação desenvolvida nos capítulos e relaciono os posicionamentos, de modo a extrair uma conclusão a respeito da possibilidade de um comércio de órgãos eficiente e ético. |