Escravidão e terras de criar gado em um lugar denominado sertão : uma arqueologia das moradas de casas e miudezas cotidianas do Seridó Potiguar, séculos XVIII e XIX

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Karla Bianca da Silva Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
FAF - DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA E ARQUEOLOGIA
Programa de Pós-Graduação em Antropologia
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/60726
Resumo: As fazendas de gado foram um dos principais empreendimentos adotados na invasão colonial dos sertões nordestinos. Nesta pesquisa explicito como trabalhos no campo da história e da arqueologia auxiliam na construção de narrativas sobre a prática escravista e os diversos sujeitos cocriadores desse cenário, além de pautar a adoção de uma perspectiva afrodiaspórica como uma forma possível de acessar repostas materiais de populações escravizadas neste contexto, as quais, certamente, experienciaram formas de habitar os sertões distintas dos modos de vida de seus senhores. O foco é dado à espacialidade de fazendas criatórias na região do Seridó Potiguar, porção centro meridional do estado do Rio Grande do Norte, Nordeste do Brasil, na tentativa de construir uma narrativa crítica à compreensão da materialidade proveniente de suas casas-grandes como reflexo apenas do universo senhorial. Com auxílio de ferramentas da arqueologia documental caracterizo a diversidade de habitantes, dinâmicas de trabalho e as possíveis configurações espaciais dessas fazendas ao longo do século XVIII. Abordo ainda a configuração do espaço interno das casas-grandes erigidas na região no século XIX e, com ajuda da sintaxe espacial, discorro sobre a materialização das relações de poder ao ressaltar o compartilhamento dessas edificações por grupos social e culturalmente distintos.