Diversity of avian haemosporidian parasites in Brazil from large to small scale
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil ICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS Programa de Pós-Graduação em Parasitologia UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/35453 |
Resumo: | Hemosporídios aviários são um grupo diverso de parasitos protozoários, que incluem os gêneros Plasmodium e Haemoproteus. Estes parasitos podem infectar aves e usar uma variedade de dípteros como vetores para sua transmissão. Sabe-se que características do hospedeiro e ciclos sazonais anuais podem influenciar a taxa de infecção desses organismos. Entretanto, tais efeitos em hemosporídeos de aves neotropicais ainda precisam ser determinados. Examinamos o efeito da dinâmica temporal e características do hospedeiro na prevalência e diversidade de hemosporídeos aviários na avifauna brasileira do bioma Caatinga. Um total de 933 amostras foram testadas quanto à presença de infecções por Plasmodium / Haemoproteus. Encontramos alta prevalência de hemosporídeos nas aves (51.25%; n = 481/933) variando de acordo com a dinâmica temporal. A maior prevalência (61%) foi observada no início da estação seca. A prevalência também variou entre as 20 espécies hospedeiras bem amostradas variando de 0 a 70%. A história de vida do hospedeiro (comportamento alimentar, comportamento de flocagem, uso de habitat e tipo de ninho) também foram associadas à taxa de infecção por Haemoproteus (Haemoproteus). Altas taxas de infecção foram observadas para aves granívoras, bandos compostos por uma única espécie, com habitats independentes de florestas e com ninhos do tipo aberto. Para a infecção por Haemoproteus (Parahaemoproteus) e Plasmodium, não foi observada nenhuma correlação com as características da história de vida do hospedeiro. Após excluir amostras de Columbiformes (n = 462/933), a taxa de infecção por Plasmodium mostrou associação com comportamento alimentar, tipo de ninho e comportamento migratório. Após o diagnostico fizemos uma PCR de sequenciamento para verificar a diversidade de linhagens de parasitos. A comunidade de parasitos foi composta por 32 linhagens distintas, sendo que dessas 7 são novas. Este resultado demonstra uma alta diversidade de hemosporídeos na Caatinga quando comparada a outras fitofisionomias brasileiras em ecossistemas sazonalmente secos. Também analisamos a diversidade e distribuição de linhagens haemosporidianas de aves em larga escala de ampla gama de hospedeiros aviários em sete habitats ecologicamente distintos no Brasil. Plasmodium foi o grupo parasitário mais comum no Brasil, representando 67% das linhagens recuperadas e esse padrão foi observado em cinco dos sete habitats aqui avaliados. Entretanto, o H. (Haemoproteus) foi o parasito mais comum entre as aves do bioma Caatinga, enquanto o H. (Parahaemoproteus) foi prevalente no habitat de Restinga. Entre as 69 linhagens amostradas (linhagens detectadas no mínimo quatro vezes), 48 eram de habitat geralista (36 Plasmodium, sete H. (Parahaemoproteus), e cinco H. (Haemoproteus), ocorrendo em duas ou mais espécies hospedeiras ou habitats. As linhagens de Plasmodium mostraram mais ampla gama de hospedeiro e habitats quando comparadas com H. (Parahaemoproteus) e H. (Haemoproteus). Encontramos 14 linhagens de Plasmodium que foram hospedeiras especialistas em habitats especializados. Os resultados sugerem a existência de linhagens hospedeiras generalistas de habitat especializados nos dois principais gêneros, Plasmodium e Haemoproteus, no Brasil. Mais estudos são necessários para entender os fatores que influenciam a forma como os parasitos haemosporidianos colonizam as comunidades de aves na região Neotropical. |